Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
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Polícia Civil deve apurar suposta agressão de major da PM a namorada

22.07.2015
09:32
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá deve abrir inquérito para apurar a denúncia de agressão de um major da Polícia Militar contra a namorada dele, de 30 anos. A jovem, que pediu para não ter o nome divulgado, está com hematonas e lesões no rosto, braços e ombro. Ela afirma que policiais militares chegaram a ir até a casa do suposto agressor, mas não o prenderam. O policial é subcomandante do 24º Batalhão, no Bairro Pedra 90. A assessoria da PM informou que será aberta uma sindicância para apurar o caso.

A jovem contou à polícia que as agressões ocorreram dentro do carro do policial, na madrugada do último domingo (19), após ambos saírem de um bar. "Ela mostrou escoriações, estava com marcas visíveis. Vamos apurar quem foi o autor", disse a delegada Jozirlethe Crivelatto, titular da Delegacia da Mulher. O inquérito deve ser aberto nesta quarta-feira (22).

O suspeito deverá ser chamado para prestar depoimento. A perícia do caso, que vai determinar quem foi o autor das agressões, está em andamento. A jovem pediu a suspensão do porte de arma do policial e medidas protetivas em relação a ele.

Relato
O casal estava junto havia um ano e seis meses, e tinha começado a morar junto há quatro meses. A jovem contou à polícia que essa foi a primeira vez que o major a agrediu, apesar de ter notado que ele é uma pessoa 'muito nervosa'.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, ela estava com inchaços, hematomas e lesões no rosto, braços e ombro.

Segundo o relato da jovem, o major deu tapas, socos e bateu a cabeça dela no painel do carro quando os dois estavam indo para casa, no Parque Cuiabá. Porém, no meio do trajeto um amigo do policial ligou pedindo para que o major voltasse ao bar para entregar uma comanda.

Conforme o depoimento da namorada, o casal voltou e ela, já ensanguentada, pediu para que esse amigo a ajudasse. Porém, o PM trancou a porta do veículo e seguiu em direção à residência. No caminho, ele voltou a bater na mulher. O amigo ligou novamente e pediu para que o policial parasse de agredir a jovem, mas não adiantou.

A vítima chegou a conseguir sair do carro para pedir ajuda, mas o policial a pegou pelo braço e a arrastou na rua, colocando-a no veículo mais uma vez, relatou. As agressões só pararam quando ela fingiu estar desmaiada, contou a jovem, que disse ainda que ela esperou o major dormir para chamar um táxi e buscar ajuda, mas sem os documentos, porque o policial pegou a carteira dela, afirmou.

Atuação da PM
A jovem contou à polícia que o major estava em casa quando os policiais foram até lá procurá-lo, assim como a mãe dele, e que tem como provar isso. Ele mesmo teria mandado uma mensagem de celular dizendo que os policiais estiveram no local. A versão oficial dos policiais é de que eles foram até a residência, entretanto, não havia ninguém no local.

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