A Polícia Civil identificou há pouco o corpo do homem encontrado morto em uma quitinete localizada na Rua São Miguel D’oeste, bairro Pioneiro. Trata-se de Paulo Wilmar Gabriel, 66. O corpo estava na cama. A Polícia inicialmente trata o caso como morte natural, já que não havia sinais de arrombamento no imóvel, ou mesmo indício de luta corporal. Além disso, documentos pessoais, telefone celular e uma carteira com dinheiro foram encontrados num dos móveis ao lado da cama.
Peritos da Perícia Criminal de Sorriso estiveram no local coletando evidências. Eles fotografaram o imóvel e a posição em que o cadáver foi encontrado. Em seguida, foi liberado o corpo para que peritos façam o exame necroscópico que pode apontar a causa da morte e o período em que ocorreu o óbito.
De acordo com o perito Luciano Nogueira, as primeiras providências é analisar as condições do local onde o corpo foi encontrado para definir as linhas de investigação, afastando hipóteses de homicídio ou suicídio. “Aqui a gente está percebendo que não foi nenhuma dessas hipóteses. Tende a ser uma morte natural, sem implicação criminal”, apontou o perito. Ele acrescentou que enquanto o exame não for concluído, o local deverá permanecer inalterado. “Tem alguns casos que, apesar de ser encontro de cadáver, tem um crime relacionado. A gente pode ter vestígios como projéteis de arma de fogo, venenos, outros artefatos que são utilizados pra tirar a vida das pessoas. Então é importantíssimo manter a preservação do local”, explicou, revelando que superficialmente não foi encontrado lesão ou marcas que possam indicar que a morte tenha sido provocada.
O corpo foi encontrado por Genivaldo dos Santos. Vizinho de Paulo Wilmar, o rapaz informou que sempre passa por frente da quitinete e notou, nesta terça-feira à tarde, um forte odor. Ele chegou a pensar que fosse lixo. A filha da dona do imóvel, olhou pela janela e viu o corpo na cama. “Viu só o pé dele, todo inchado. Aí a gente pensou que estava morto”, resumiu.
Nildo Capeletti disse que o inquilino morava no local havia quatro anos e que foi visto pela última vez com vida no domingo de manhã. Ele acredita que Paulo Wilmar tenha ido descansar após o almoço e acabou falecendo. “Ele já tinha problema de pressão, diabetes, tinha que tomar insulina de manhã, e deve ter se sentido mal”, comentou.
O caso é encarado pela Polícia Civil como morte natural, em razão da ausências de indícios que possam alterar essa linha de apuração. O delegado Rafael Scatolon disse que o procedimento será instaurado para apurar a morte do idoso. “Tudo indica que foi morto natural mesmo”, sinalizou.
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