Dois soldados da Polícia Militar foram presos na noite desta segunda-feira (8) suspeitos de terem perseguido e atirado em um casal, na cidade de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) o casal pediu ajuda no posto da PRF, na BR-364, região do Trevo do Lagarto.
A situação ocorreu por volta de 22h30 [horário de Mato Grosso]. Segundo a assessoria da PRF, as vítimas alegaram que estavam sendo perseguidas por um outro veículo e também afirmaram que os suspeitos teriam disparado contra o carro onde elas estavam. O veículo tinha duas marcas de bala no para-choque e na lateral do carro. O casal não ficou ferido.
A PRF abordou o veículo dos suspeitos, onde encontrou uma mochila com quatro armas: uma pistola calibre 380, dois revólveres calibre 38 e um revólver calibre 32, além de cerca de 300 munições. A PRF verificou que se tratava de dois soldados, de 27 e 30 anos, além de um rapaz de 23 anos. Os PMs, que estavam de folga, disseram aos policiais rodoviários que souberam de um assalto em um mercado, no Bairro Jardim Imperial. Os soldados explicaram que encontraram um veículo com as mesmas características do crime e por isso iniciaram essa perseguição.
Conforme a assessoria da Polícia Civil, os dois policiais militares, recém-formados, são amigos do rapaz, de 23 anos, que trabalha como funcionário público em uma escola de Várzea Grande. O funcionário teria relatado que o tio dele, dono do mercado, sofreu o assalto. Nessa situação, o rapaz pediu ajuda aos amigos e os três decidiram procurar pelos supostos assaltantes.
Os policiais e o rapaz foram autuados em flagrante por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo. Segundo a Polícia Civil, nenhuma arma apreendida tinha registro. Os três suspeitos estão presos na Central de Flagrantes de Várzea Grande.
A assessoria da PM confirmou ao G1 que os dois soldados estavam de folga e que eles suspeitaram que o veículo citado seria o usado pelos assaltantes no roubo. Ainda de acordo com a assessoria da corporação, a Corregedoria da PM foi acionada para apurar a situação e se verificar se houve algum tipo de transgressão militar.
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