Dezessete crianças e adolescentes acolhidos no Lar de Apoio à Criança e na Casa-Lar Maria Aparecida de Freitas, de Pontes e Lacerda (a 448km da capital), estão aptos ao apadrinhamento e a viver uma experiência diferente a partir desta quinta-feira (20 de outubro). Com o lançamento do Projeto Padrinhos na comarca, serão oferecidas condições mais favoráveis ao desenvolvimento infantojuvenil, como forma de minimizar sofrimentos causados pela falta do convívio familiar e comunitário.
O Padrinhos é uma iniciativa da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), por meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), que visa envolver a sociedade e incentivar aqueles que não têm interesse na adoção ou guarda a contribuir para um futuro melhor das crianças e adolescentes acolhidos. Ele foi instituído em 2008 e está presente em 22 comarcas. As próximas unidades a instalarem o projeto serão Alto Araguaia e Alto Garças, no mês de novembro. “A intenção da Corregedoria é expandir para todas as comarcas que possuem instituição de acolhimento”, conta a secretária executiva da Ceja, Elaine Zorgetti.
Em Pontes e Lacerda, o lançamento foi realizado no plenário do Tribunal do Júri, às 10h. Organizado pelo juiz Cláudio Deodato Rodrigues Pereira, da 2ª Vara - juízo privativo da infância e juventude, o evento contou com a presença do juiz auxiliar da CGJ-MT Paulo Márcio Soares de Carvalho. De acordo com o magistrado anfitrião, durante a solenidade houve uma explicação sobre as linhas gerais do Projeto Padrinhos. “Em decorrência do carinho e do cuidado que todos dispensam às crianças e aos adolescentes acolhidos em Pontes e Lacerda, foi perceptível que haverá um engajamento total na busca de se garantir o direito à convivência familiar daqueles que se encontram privados do convívio de suas famílias biológicas e que ainda não conseguiram uma família adotiva”, salientou.
Ainda conforme o juiz, a expectativa é que haja uma conscientização geral sobre a importância de se proteger crianças e adolescentes, especialmente os que se encontram em situação de risco. “Esta foi a primeira iniciativa do Juízo da Infância e Juventude da comarca nesta temática, mas pretendemos, até o fim deste ano, dar sequência a mais outros projetos voltados à adoção, ao acolhimento e ao cuidado em relação aos nossos acolhidos”, afirmou Cláudio Deodato Rodrigues Pereira.
Participaram do lançamento a procuradora-geral do Município de Pontes e Lacerda, Sara Graziela Pinto Fernandes de Oliveira, o defensor público Fernando Ciscato Bastos, o promotor de justiça Frederico César Batista Ribeiro, o presidente da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Pontes e Lacerda, Ramão Wilson Júnior, os juízes de direito Leonardo de Araújo Costa Tumiati (1ª Vara) e Leonísio Salles de Abreu Júnior (3ª Vara), servidores e membros da sociedade civil organizada.
Saiba mais - A capacitação da equipe multidisciplinar do juízo e dos responsáveis pelas instituições de acolhimento será nos dias 24 e 25 de outubro, pelas assistentes sociais Ivone Leite Moreira Moura e Nadir dos Santos Nadaf, da Ceja. No curso, eles vão aprender o que é o projeto, como ele funciona, quais as modalidades de apadrinhamento e qual o público atendido.
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