Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Réu tenta se livrar de acusação de latrocínio de historiador em MT

25.03.2015
15:52
FONTE: Pollyana Araújo/G1 MT

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Um ano após a morte do ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Mato Grosso e historiador, Cláudio Conte, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, o acusado do crime tenta se livrar da acusação do Ministério Público Estadual (MPE) de que teria cometido latrocínio e pediu que responda somente como homicídio. Conte foi morto no dia 24 de março do ano passado.

A defesa do réu ainda solicitou que seja feita perícia do material genético encontrado em um preservativo recolhido do banheiro da casa da vítima no dia seguinte ao crime, quando o corpo foi encontrado com uma faca cravada no pescoço.

O material foi encaminhado para a Coordenadoria de Perícias em Biologia Molecular da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). No mês passado, o juiz Alexandre Meinberg Ceroy, da 2ª Vara da Comarca de Canarana, cobrou da Politec a conclusão do laudo e, no último dia 19, o antigo advogado do réu informou que o acusado quer ser acompanhado por um defensor público. Desse modo, o magistrado deu prazo de 10 dias para que o defensor se manifeste sobre a insistência da prova antes requerida.

O acusado de 22 anos alegou que não tinha intenção de matá-lo, mas que teria desferido o golpe de faca para supostamente se defender. No entanto, o MPE sustenta, na denúncia, que ele cometeu latrocínio [roubo seguido de morte], pois, depois do assassinato, teria saído do local usando o carro da vítima e agiu friamente como se tivesse matado uma barata. Por isso, pede que ele seja julgado pelo crime de latrocínio. "O acusado agiu deliberadamente com a intenção de provocar a morte da vítima para depois se apossar de seu veículo", diz a denúncia.

Parte do laudo pericial diz que a vítima recebeu o golpe quando estava deitada de bruços e que não apresentava lesões de defesa, apenas a lesão no pescoço, o que indicou que não houve luta corporal entre a vítima e o agressor. O MPE argumentou ainda que o réu se aproveitou de um momento de fragilidade da vítima.

No cesto de lixo do banheiro foram encontrados pedaços de papel higiênico sujos de uma substância transparente que aparentava ser esperma humano, além de duas embalagens de preservativo e um preservativo que supostamente teria sido utilizado em ato sexual. Isso, segundo o MPE, aponta que o acusado teria aceitado o convite da vítima para manter relação sexual com ela.

"Após a prática da relação sexual, o acusado, em ato covarde e desumano, deliberou em matar a vítima, para apossar-se de parte de seus bens, o que de fato fez. Observa-se que o acusado retornou para a sua cidade de origem na posse do veículo, onde continuou vivendo tranquilamente, como se tivesse matado uma barata", frisa o Ministério Público. O réu foi preso em junho do ano passado em um rancho, às margens do Rio Araguaia, no estado de Goiás, numa região de mata e de difícil acesso.

Logo após a prisão, o homem confessou a autoria do crime e alegou que o cometeu depois de um desentendimento com a vítima durante uma festa de confraternização.

Claudio Conte tinha 51 anos e trabalhava como indigenista na Coordenadoria Regional do Xingu no município.

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