Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Reunião nesta sexta-feira vai definir ações para combater violência no bairro Cerrado

15.08.2014
09:00
FONTE: ExpressoMT

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Uma reunião realizada na noite desta quinta-feira, 14, na Escola Luiz Carlos Ceconello, serviu para iniciar os debates sobre o alto índice de criminalidade existente no bairro Cerrado. Moradores se mostram preocupados com os registros diários de casos envolvendo, principalmente, o tráfico e uso de drogas em locais públicos. O encontro foi promovido pela associação de moradores União do Cerrado.

Os atos de violência preocupam donas de casa, comerciantes e até a direção da escola, cujos alunos sofreram agressões no entorno da unidade educacional. A diretora, Denise Terezinha Dalberto, confirmou o registro de casos. Ela afirmou que, internamente, não são registrados casos de violência. “Diminuiu bastante, mas no entorno acontece agressão de alunos, brigas, desentendimentos. Então essa situação da segurança é sério e nós temos mesmo que discutir”, opinou a gestora escolar, lembrando que o assunto foi pauta de encontro no mês de abril. Na ocasião, a Polícia Militar assumiu compromisso de fazer rondas nos horários de entrada e saída dos alunos às aulas.

O vereador Gilson Baitaca (PMDB) participou da reunião. Ele observou a necessidade de ações rápidas por parte do poder público para conter a escalada da violência motivada, em especial, pelo uso e tráfico de drogas. “Tem afetado muito a vida dos moradores do bairro”, comentou. Baitaca destaca que as ações, mesmo que momentâneas, devem atender a necessidade dos moradores da localidade, até que sejam implementados programas para eliminar o problema, importando exemplos positivos adotados em outras cidades.

Mesmo sem poder de polícia, pra reprimir o uso e comércio de entorpecentes na localidade, o Conselho Tutelar se colocou à disposição da comunidade. A coordenadora, Solange Casanova, lembrou o objetivo é zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Ela argumenta que o Conselho está pronto para fazer os encaminhamentos e solicitações que surgirem por parte da comunidade para auxiliar as famílias de dependentes químicos. “As mães e familiares que se veem prejudicados e veem seus filhos caindo no mundo das drogas podem nos procurar. O Conselho está ali para ajudar. Podem nos pedir o apoio para internação, pra que esses adolescentes venham se recuperar”, pontuou.

Representando o Executivo Municipal, o secretário de gabinete, Eliseu Sávio Diniz, disse que o município vai desenvolver ações, como ocorreu recentemente no vizinho bairro do Parque das Américas. O planejamento, que vai envolver ainda a Polícia Militar e a Guarda Municipal, serão delineados em reunião agendada para a tarde desta sexta-feira, na Prefeitura Municipal. Uma comissão de moradores do bairro Cerrado deverá estar presente. “O Executivo costuma dar resposta rápida à sociedade e dessa vez não será diferente”, declarou Diniz, anunciando que nos próximos dias deverá haver uma ação ampliada das forças de segurança no bairro. “Temos como fazer pela parceria que temos com as instituições de segurança”.

Diniz lembrou que o assunto vai levantar novamente o debate sobre a Guarda armada, principalmente após a sanção de projeto de lei do Governo Federal que regulamenta essa situação. Além disso, o secretário de gabinete lembrou que o município vem desenvolvendo ações na área social, voltadas principalmente aos menores. Uma delas é o programa Anjos da Escola, que busca identificar crianças em situação de vulnerabilidade. “Além das ações emergenciais, que nós nos comprometemos hoje, aqui com a população do bairro Cerrado, temos ações permanentes na educação, conscientização e de estruturação da família, buscando intensificar cada vez mais”, assinalou.

A presidente da União do Cerrado, Elaine Cristina Costa e Silva, disse que esperava maior participação dos moradores e de autoridades. Ela adiantou que a situação vivida pelo bairro exige ações rápidas e concretas. “O que acontece não é novidade”, destacou, apostando que há uma luz no fim do túnel. “Vamos trabalhar pra ela chegar até nós”.

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