A Polícia Federal (PF) informou no final da tarde desta quinta-feira (29) que seis pessoas continuam foragidas e com mandados judiciais em aberto na operação “Soberba”, deflagrada pela manhã em Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo contra um esquema de narcotráfico internacional.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF em Mato Grosso, a operação encerrou esta quinta-feira sem conseguir cumprir quatro mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e um de condução coercitiva. Três dos quatro foragidos de mandados de prisão preventiva já não estavam sendo localizados pela PF ao longo das investigações que antecederam a operação nesta quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa.
Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 13 de condução coercitiva (quando a pessoa é conduzida apenas para ser interrogada) e 18 mandados de busca e apreensão (todos cumpridos em Mato Grosso e nos demais dois estados). A PF não informou os locais de cumprimento de todos os mandados judiciais.
Balanço parcial da operação, também divulgado na tarde desta quinta-feira, apontou a apreensão de valores R$ 628,2 mil em espécie, US$ 37,750 mil também em espécie, o equivalente a R$ 14,5 mil em traveller checks e 14 barras de ouro que ainda não tiveram seu valor estimado divulgado após perícia.
O material foi apreendido na casa de um empresário que atua como doleiro, em Cuiabá. Ele foi alvo de um dos mandados de prisão expedidos pela Justiça para a operação Soberba.
Segundo as investigações, ele seria o financiador do esquema de narcotráfico internacional com articulação nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.
A droga traficada pela quadrilha investigada seria oriunda da Bolívia e seria destinada a países como Espanha e Portugal. O dinheiro obtido com o esquema seria lavado em uma empresa de turismo mantida pelo doleiro em São Paulo. O doleiro não teve o nome divulgado pela PF, bem como os nomes de seus advogados. Após passar horas na sede da superintendência da PF em Cuiabá ele foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado (PCE).
Outra suposta partícipe do esquema é uma advogada, que foi encaminhada para custódia no anexo da Polinter, em Cuiabá. Ela também foi interrogada pela PF.