Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Servidores de MT passam a noite em unidade prisional após operação

19.12.2014
10:04
FONTE: G1 MT

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Os dois servidores do governo de Mato Grosso, presos na operação ‘Edição Extra’, da Polícia Civil, passaram a noite de quinta-feira (18) no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). O secretário-adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, e o assessor especial da Secretaria Estadual de Comunicação Social (Secom), Elpídio Spiezzi Júnior, são apontados como integrantes de uma quadrilha que cometeu uma fraude em uma licitação no valor de R$ 40 milhões para a prestação de serviços gráficos ao governo estadual.

Os dois servidores prestaram depoimento e saíram da Delegacia Especializada contra Crimes Fazendários (Defaz) por volta de 20h, mas não se pronunciaram sobre o suposto esquema. José de Jesus Nunes, por ser coronel da Polícia Militar, precisou ser acompanhado por outro coronel da corporação. Militares dessa patente só podem ser conduzidos por outros oficiais do mesmo escalão ou superiores. A Secretaria de Comunicação ainda não se pronunciou sobre o assunto.

“Eles [servidores] eram coniventes e inclusive percebemos que tiveram atos praticados por eles. No procedimento licitatório que favoreceram a aprovação e a contratação das empresas gráficas”, explicou o delegado do caso, Carlos Cunha. Outras quatro pessoas, sendo três empresários e o funcionário de uma gráfica, estão com a prisão decretada, mas ainda não foram localizados, segundo a Polícia Civil. A expectativa é que eles se apresentem ainda nesta sexta-feira (19).

O esquema
Os servidores e outras quatro pessoas teriam participado de uma licitação fraudulenta ocorrida em 2011 para a confecção de cartões de visita, cartazes, cartilhas, certificados e demais materiais gráficos. As empresas foram contratadas em 2012.

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), os materiais gráficos nem precisavam ser impressos. O promotor de patrimônio público Gilberto Gomes foi procurado por um denunciante em 2011, que relatou que foi excluído desse processo, realizado pela SAD.

“O esquema era que as empresas estavam concertadas entre elas e sob a orientação de que se alguém de fora entrasse no pregão eles poderiam derrubar o preço porque depois haveria um ajuste entre os próprios integrantes da licitação”, explicou o promotor.

“Essas empresas se articulavam e quando iam para o certame já sabiam quem iria vencer e, portanto, se praticava o superfaturamento de vários itens. Essa importância era paga para a gráfica que recebia esse dinheiro e entregava a nota fiscal. Recebia o dinheiro e a partição era na seguinte ordem: 25% ficava para a gráfica e 75% retornava para as pessoas que estavam na administração”, completou.

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