Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Suspeito de venda de CNHs teria gastos incompatíveis com o salário

25.07.2014
08:55
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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O suposto líder do esquema de venda de carteiras de habilitação (CNHs), preso em Cuiabá pela Policia Civil durante a operação 'Narted', é ex-gerente de Controle de Licença de Aprendizagem para Direção Veicular do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). Ele levantou suspeitas porque, no último ano, adquiriu apartamento de classe média alta, um carro 0 Km e fez viagens aos exterior com a família, gastos incompatíveis com o salário dele, que era em torno de R$ 1,5 mil.

O apartamento comprado valeria pelo menos R$ 400 mil, diz a Polícia Civil. O ex-gerente foi um dos presos durante a operação, que investiga esquema de venda de CNHs. Além dele, também foram presos um servidor de carreira do Detran-MT – que é agente de pátio – e de donos e funcionários de autoescolas em Cuiabá e no interior do estado.

A nomeação do suspeito para o cargo de gerente, comissionado de Direção Geral e Assessoramento, foi publicada no Diário Oficial do estado do dia 10 de fevereiro de 2010. O suspeito tem 34 anos e deixou o posto em fevereiro deste ano, depois que o contrato dele terminou.

“A investigação iniciou há mais de um ano, em virtude de uma denúncia anônima que dizia que um funcionário do Detran estava praticando fraudes na emissão de carteiras de habilitação. E, com isso, ostentando patrimônio superior ao salário que ele recebia”, disse a delegada responsável pelo caso, Alexandra Fachone, da Delegacia Fazendária.

Após sair da gerência, o ex-gerente abriu duas autoescolas no nome dele e da mulher. Uma ainda não está em funcionamento e a outra, em Jangada, distante 82 km de Cuiabá, já está com as portas abertas.

Segundo o delegado Carlos Cunha, titular da Defaz, o dinheiro das vendas das CNHs era depositado na conta da mãe e da mulher do ex-gerente. O suspeito também teria comprado dois carros novos para serem utilizados nas autoescolas, que estariam no nome da esposa. Os veículos deverão ser apreendidos, segundo a Polícia Civil.

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