Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Trabalhadores e estudantes fazem ato contra a PEC 241 em praça de Cuiabá

26.10.2016
09:36
FONTE: G1 MT

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  • Ato cultural conta com a participação de trabalhadores e estudantes
Dezenas de trabalhadores e estudantes se reúnem, nesta terça-feira (25), na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, para protestarem contra a Medida Provisória 746/2016, que propõe a reforma do ensino médio, a PEC 241, que estabelece teto de gastos públicos por um período de 20 anos, incluindo a área da educação, e as reformas trabalhista e da Previdência.

O ato cultural, como foi definido pelos organizadores, teve início às 18 horas [horário de Mato Grosso]. Na praça, foram colados cartazes e faixas e distribuídos panfletos falando sobre as medidas propostas pelo governo federal. Os organizadores e a Polícia Militar não deram estimativa de público no local. Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), João Dourado, participam do ato entidades estudantis, sindicais e sociais.

"Hoje trata-se de um 'esquenta' para a grande paralisação que pretendemos fazer no dia 11 de novembro. Vamos ter música, o microfone estará aberto e vamos distribuir panfletos para alertar a população. Os trabalhadores estão alheios às consequências que a aprovação de medidas, como a PEC 241, podem causar nas nossas vidas", disse.

Dentre os participantes do protesto estão estudantes de escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande e dos campi do Instituto Federal de Mato Grosso na capital e na Serra de São Vicente. Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME), os alunos que estavam ocupando o campus de Cuiabá do IFMT encerraram o movimento e se deslocaram até a praça.

"Os estudantes precisam se conscientizar do impacto que medidas como a PEC 241 e a reforma do ensino médio podem trazer para a educação. Estamos falando de um retrocesso casado, de um sucateamento da educação", afirmou.

Para a estudante Maria Clara Fernandes, de 18 anos, falta mais mobilização da população para se interessar pelas medidas propostas pelo governo federal e ir às ruas cobrar pelos seus direitos.

"Foram anos lutando por melhorias no país, por avanço. Hoje, já temos uma educação que não é das melhores e vamos jogar o pouco que temos fora? E os trabalhadores, que correm o risco de ver os seus direitos retirados? Temos que ir para as ruas, temos que gritar contra isso que está sendo imposto para nós", afirmou.

'PEC da Morte'

Durante o ato, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o governo federal, pediram a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e convidaram a população a dizer 'não' contra o que chamam de 'PEC da Morte'.

"Estamos chamando a PEC dessa forma para ver se entendem o impacto que essa proposta pode causar, por exemplo, na saúde. Com o congelamento das despesas para políticas públicas, todo o dinheiro vai ser jogado para o sistema financeiro, para cobrir juros de dívidas. Sem investimento em saúde, falta investimento para atendimento da população, para hospitais, para remédios. Haverá mortes de pessoas sem acesso à saúde, se essa PEC for aprovada", afirmou Dourado.

Paralisação geral

Segundo o presidente da CUT-MT, o objetivo do movimento é convocar a população para participar da paralisação geral que deve ocorrer no dia 11 de novembro.

"No dia 1º de novembro faremos uma ple´nária para definir os moldes da paralisação que será feita, mas pretendemos fazer um movimento que reflita na paralisação dos serviços públicos estaduais e federais. Vamos, inclusive, chamar outros serviços para participarem, como o transporte público", disse.

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