O rotor da Usina Hidrelétrica Teles Pires saiu nesta quarta-feira (23) do quilômetro 442 da BR-364, próximo a uma fábrica de Biodiesel, mas devido a um acidente na região de Jangada, o transporte foi interrompido no começo da tarde e deverá ser retomado na manhã desta quinta-feira (24). Devido ao tamanho da peça, a velocidade média é de 30 km/h e os dois lados da pista ficam interditados, por isso é importante a atenção e colaboração dos usuários da rodovia.
Este é o segundo rotor da usina que trafega por Mato Grosso em direção à Paranaíta e está desde a semana passada em trânsito. Na quarta-feira (16) o comboio deixou Cáceres pela BR-070 em direção à Várzea Grande, chegando no domingo (20). Uma pane mecânica interrompeu o transporte por dois dias, sendo retomado nesta quarta-feira (23).
Além dos veículos que fazem o transporte da carga, carros de apoio, a Polícia Rodoviária Federal e representantes da Concessionária Rota do Oeste acompanham o trajeto para monitorar o trânsito e garantir a segurança dos usuários da BR-163.
Fabricados pela Alstom, em Taubaté (SP), os equipamentos são transportados até o porto de Santos por rodovia, depois, pelo oceano até a Argentina, por onde entram em hidrovias fluviais até caírem na Bacia do Paraguai, para enfim chegarem em Cáceres. A operação para transporte do primeiro rotor em Mato Grosso levou 23 dias em trânsito e quatro dias parados por problemas mecânicos. A empresa que realiza o transporte informou que a terceira peça já está sendo passando pela hidrovia e a quarta deverá sair esta semana da fábrica.
Durante o transporte, o trânsito poderá permanecer lento nos trechos em percorridos pelo rotor. A estratégia, segundo a empresa, é de uma parada a cada 10km para liberação do trânsito represado. Representantes da empresa farão a sinalização de “final de fila”, informando aos veículos que chegam que há trânsito lento à frente, aumentando assim a segurança dos usuários.
O diretor de Operações da Rota do Oeste, Fábio Abritta, afirma que além da equipe de apoio de tráfego, uma consultoria técnica fará o monitoramento da estrutura em cinco obras de artes especiais (pontes e viadutos). Isto é, vão mensurar o impacto da passagem da carga nestas estruturas. Profissionais, por meio de equipamentos, medem as deflexões na estrutura devido a solicitação causada pelo peso. “Desta forma podemos constatar o comportamento da estrutura e verificar possíveis deformações acima do esperado”, afirma.
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