Dois homens e uma mulher foram presos no município de Alto Taquari, a 509 km de Cuiabá, suspeitos de venderem uma cartela falsa de rifa usando o nome da Associação Nacional dos Fiscais de Tributos. Segundo a Polícia Civil, as falsas rifas anunciavam o sorteio de uma caminhonete zero km e os suspeitos afirmavam que o dinheiro arrecadado seria usado para ajudar em uma campanha de crianças desaparecidas.
Todos os suspeitos são moradores de Rondonópolis, a 218 km da capital, e foram presos em flagrante na quinta-feira (9), quando recebiam dinheiro da primeira vítima em Alto Taquari. Segundo o delegado João Borges Ferreira, os suspeitos diziam que o ganhador do prêmio seria identificado pela milhagem do sorteio da loteria federal, no dia 25 de fevereiro.
À polícia, os suspeitos negaram ser auditores fiscais, mas não explicaram o vínculo que teriam com a associação. A polícia descobriu, ainda, que a associação não existe em Rondonópolis.
Conforme a polícia, a fraude passou a ser investigada após uma denúncia anônima ser feita à delegacia, informando que havia três pessoas andando de carro pela cidade e se passando por auditores fiscais e representando a suposta associação.
De acordo com o delegado, os suspeitos de estelionato ofereciam a cartela no pátio de um posto de combustível e foram abordados pelos policiais no momento em que conversavam com o gerente do estabelecimento, no escritório do posto.
Aos policiais, o gerente confirmou aos policiais que eles haviam se identificado como auditores fiscais e que estariam cobrando R$ 350 pela rifa. O gerente disse, ainda, que já havia assinado o recibo da falsa rifa, por acreditar que estaria ajudando crianças desaparecidas.
Os três suspeitos foram autuados por estelionato. De acordo com a polícia, um dos homens já tinha passagem por tráfico de drogas e a mulher, por estelionato. Os três foram encaminhados ao Presídio do município de Alto Garças, a 366 km de Cuiabá.