Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Vereador de MT é assaltado três vezes em 72 horas

18.05.2016
10:30
FONTE: Kimberly Schäfer/ExpressoMT

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Gilson Pedro Pelicioni de 45 anos, popularmente conhecido como Gilson Baitaca, é empresário e vereador da cidade de Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá). No último final de semana o empresário foi vítima de três ações criminosas, sendo duas contra seu estabelecimento comercial e a última em sua residência.

Os crimes aconteceram na manhã de sexta-feira, no sábado ao entardecer e na segunda-feira antes do horário de expediente. Ao todo, oito criminosos estão envolvidos nos assaltos, há suspeitas de que pelo menos dois sejam menores infratores.

Sexta-feira, 04h

O primeiro assalto ocorreu na sexta-feira (13) às 04 horas da manhã, no mercado de propriedade do vereador localizado no bairro Rio Verde, em Lucas do Rio Verde. 

No primeiro assalto as imagens registradas pelas câmeras de segurança do estabelecimento mostram dois rapazes, aparentemente menores de idade, que arrombam a porta principal e saqueiam produtos do mercado.

O estabelecimento estava vazio. Após efetuarem o roubo, os rapazes vão embora sem pressa. 

Sábado, 18h30min

A segunda ação ocorreu no sábado (14) por volta das 18h30min, também no estabelecimento comercial da vítima. 

Segundo relatos, dois homens chegaram em uma motocicleta e ameaçaram os funcionários que estavam no mercado, um deles se aproximou e apontou a arma para a cabeça de uma operadora de caixa e exigiu que ela entregasse todo o dinheiro. Enquanto seu comparsa cometia o delito dentro do estabelecimento, o outro meliante aguardava do lado de fora. Após saquearem o mercado, os criminosos empreenderam fuga deixando os funcionários em estado de choque.

Segunda-feira, 06h30min

O caso mais grave aconteceu na segunda-feira (16) às 06h30min, na residência do vereador. 

Após invadirem a casa, dois criminosos renderam o empresário e a esposa, amarraram o casal e reviraram a casa em busca de dinheiro, cada um portava uma arma de fogo e estava munido com aparelho de choque. Como a primeira procura foi frustrada, um dos bandidos agrediu o empresário com chutes e coronhadas na cabeça externando palavras de ordem, exigindo que ele dissesse onde estava o dinheiro e as joias da esposa. Não aguentando mais apanhar, o marido passou os dados para os assaltantes que conseguiram saquear todo o valor (quantia não informada) que o empresário guardava na residência. Como forma de tortura psicológica, os marginais forçaram a mulher do empresário a repetir palavras de baixo calão, o que levou o vereador ao desespero, temendo que a esposa viesse a ser vítima de estupro.

Durante a ação criminosa, a doméstica contratada pela esposa do empresário chegou à residência, ao avistá-la, os bandidos a renderam, amarraram e a amordaçaram, deixando a mulher trancada em um dos cômodos da casa.

Depois do arrastão os bandidos empreenderam fuga levando, além de dinheiro e joias, a chave do veículo da vítima e a chave da residência. A vítima pôde constatar a presença de um terceiro suspeito, este por sua vez, estaria dando cobertura para os comparsas ao lado de fora da residência, pois manteve contato interrupto pelo telefone celular.

Segundo o vereador, o assalto durou trinta minutos. O casal e a doméstica estavam visivelmente em estado de choque.

A crítica

Na terça-feira (17), após recuperar-se do susto, o vereador e empresário Gilson Baitaca expôs a imensa indignação com o sistema de segurança oferecida aos cidadãos. Para ele, as leis sancionadas no país favorecem bandidos e não trabalhadores.

“Hoje tenho a sensação de que qualquer tipo de crime compensa, compensa pela impunidade. Todas as pessoas, infelizmente, sabem que as leis tem se modificado a favor do bandido. Oferecendo privilégios, benefícios e vantagens para o criminoso. Magistrados cobrando os ‘direitos’ dos presidiários e menores infratores, como se essas pessoas fossem vítimas da sociedade. Em nenhum momento se ouve falar dos direitos do trabalhador que gera renda e que paga os impostos para sustentar esses marginais e para pagar o salário desses magistrados. Ninguém se preocupa com o trauma que o cidadão sofre sendo vítima de qualquer tipo de crime, se importam mais com a forma que o bandido será tratado dentro da cadeia e se esse tratamento comporta os seus ‘direitos’. 

Minha empresa não trabalha para mim, trabalha para o governo. Ela gera emprego e colabora com a economia. Eu fico com o lucro só depois que pagar todos os impostos, que não é pouco, e se der algum tipo de prejuízo é descontado do meu ‘salário’, jamais descontar algo da fatia do governo. Se eu for roubado uma vez, duas ou três, eu preciso pagar os impostos da mesma maneira, ninguém se importa se eu tenho ou não o dinheiro, se houve algum trauma emocional ou não. Isso causa uma revolta tão grande, porque o marginal não rouba o caixa do governo, eles apontam a arma e anunciam o assalto para o cidadão trabalhador.

Creio que a população deve se mobilizar, o segredo está na cobrança do povo. Quando houve manifestos por todo o país pedindo o impeachment da presidente da república, os representantes do povo se despertaram e todos sabem o que aconteceu e está acontecendo no cenário político brasileiro. Se esses mesmos manifestantes, que são cidadãos trabalhadores e que têm sede de justiça, se mobilizar contra a violência e contra a marginalidade, cobrando dos representantes que elaboram as leis do país mais benefícios para o trabalhador, acredito que as coisas vão mudar. O pessoal dos direitos humanos mais parece defensores dos direitos para bandidos, pois sempre estão ao lado daqueles que fizeram mal a famílias, que traumatizaram crianças, que tiraram de uma casa o resultado do trabalho de um pai e uma mãe, quem sabe era único sustento que eles tinham no mês. 

Em minha opinião, o correto é enrijecer as penas para esses marginais. Deixar fora de questão benefícios como, um ‘bom comportamento’ na cadeia resulta num regime semiaberto para aqueles que estavam em regime fechado, benefícios que possibilitam que o criminoso cumpra apenas uma parte da pena e seja posto em liberdade, além de comida, roupa e colchão, ele tem ‘direito’ ao auxílio reclusão, ou passar no cartório e assinar alguns papéis uma vez por mês em troca da liberdade. Isso precisa acabar! Nunca ouvi dizer que um bandido tem que trabalhar para devolver o que ele roubou de uma família.

Quem defende esse tipo de marginal, então que adote um.” - declarou Gilson Pelicioni.

A Polícia Judiciária Civil de Lucas do Rio Verde está investigando os três crimes e buscando respostas, se há relação entre as ações criminosas e as identidades dos marginais. Até o momento ninguém foi preso ou identificado, o vereador ainda contabiliza os prejuízos do último final de semana.


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