Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Vigilância Sanitária faz mais uma apreensão de medicamentos em fábrica clandestina

28.07.2015
17:48
FONTE: Assessoria

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A equipe da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Cuiabá fez uma grande apreensão de medicamentos e matéria prima que seria utilizada na fabricação de produtos irregulares. Em uma casa alugada no bairro Residencial Coxipó funcionava uma fábrica clandestina de medicamentos e produtos de higiene pessoal. A Polícia Militar que recebeu a denúncia, foi ao local e prendeu em flagrante o suspeito de ser o responsável pela fabricação destes produtos.

A equipe da Vigilância foi posteriormente no local com três camionetes, que transportaram cerca de uma tonelada de produtos. A coordenadora da Vigilância Sanitária de Cuiabá, Carolina Arruda, conta que todo material da casa foi recolhido e que só de matéria prima havia cerca de meia tonelada. Segundo Carolina, infelizmente esta atividade ainda é comum.

“Cada camionete fez três viagens carregadas com produtos. Agora os agentes tóxicos serão incinerados e os demais materiais devem ser levados ao aterro sanitário de Cuiabá”, explicou a coordenadora.

Carolina relata que o local era extremamente sujo, apresentava mau cheiro e sem nenhuma condição de higiene. Lá encontraram  ainda ratos, baratas e até um sapo morto em uma das caldeiras de preparo dos medicamentos.

Todos os materiais ficavam expostos, espalhados no chão e alguns armazenados no banheiro da casa. Indignada com tamanha precariedade.

“Este é um local que faz parte do sistema conhecido ‘comércio negro’ de medicamentos, que nos deixa muito preocupados, pois  muitas pessoas acabam comprando por engano e consomem tais produtos”, desabafa a coordenadora.

A fiscal sanitária Gicelle Gomes alerta para a importância da população se atentar em comprar estes produtos somente em locais devidamente licenciados, que só comercializam medicamentos legalmente registrados e fiscalizados.

“Os estabelecimentos que comercializam medicamentos devem ter alvará exposto em lugar visível e deste modo só revendem produtos devidamente fiscalizados por todos os órgãos competentes como a Anvisa, Ministérios da Agricultura, da Saúde e outros”, explica a fiscal.

Além disso, a equipe aponta que a matéria prima utilizada era de má qualidade, por exemplo, o mel, era um preparo feito de açúcar e água, o gengibre e própolis eram somente essências, ou seja, os produtos não surtem efeito real.

“O preparo era feito por pessoas que não são competentes para isso, pois não sabem administrar uma fórmula, não conhecem os agentes químicos e tudo sem a mínima condição de higiene” relatou a fiscal.

Carolina explica que o consumo destes falsos medicamentos pode trazer sequelas graves.

 “Na verdade estes produtos não tem efeito positivo, ao contrário, podem causar sérios danos à saúde, provocar efeitos colaterais como alergias por exemplo”, ressaltou a fiscal. 

‘Produção’
O preparo era feito em panelas de ferro e os suspeitos utilizavam uma barra de metal para misturar os produtos. Tudo feito ao ar livre no quintal da casa que não era cimentado, cheio de mato, sujeira e exposto ao sol, chuva e poeira. Depois disso eles abasteciam os recipientes com o auxílio de um funil que não era esterilizado. 

A Vigilância apreendeu 500 frascos de um remédio conhecido como “Gotas do Zeca” utilizado para ajudar na digestão. Foram apreendidos também centenas de frascos de outro medicamento rotulado como “limpa barriga”, que seria destinado para emagrecer. 

Dentre os produtos apreendidos havia também Viagra, mel, xaropes, anti inflamatório, chás, calmantes, estimulantes sexuais e até produtos de higiene pessoal (sabonete em barra e íntimo).

Nos rótulos dos medicamentos explicava a maneira que deveriam ser ingeridos e apresentava um endereço do Ceará, com dados falsificados.

 O caso
 A Polícia Militar recebeu denúncias e foi até o local aonde encontrou centenas de produtos irregulares. O responsável pela fábrica M.P.S. de 25 anos foi preso em flagrante.

De acordo com relatos da Polícia Militar, no local trabalhavam três adolescentes que manuseavam materiais corrosivos e de alta periculosidade, como ácidos, iodo, uréia e aditivos químicos sem equipamentos de proteção para o corpo e respiração.

Após a Vigilância Sanitária ser acionada, a equipe esteve no local três vezes até conseguir adentrar na casa que estava fechada e o responsável ainda estava preso.

Diante disso foi solicitada a cópia da chave ao proprietário do imóvel (alugado) que acompanhou as buscas.

De acordo com as investigações a fachada da residência era de uma empresa voltada para aluguel de materiais de festa, para despistar as fiscalizações. 

O proprietário da fábrica não informou para quem fornecia os medicamentos. 

A Delegacia Especializada do Consumidor (Decon) está investigando o caso para determinar as responsabilidades. 

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