A uma plateia formada em maioria por prefeitos gaúchos, o candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos reforçou nesta quinta-feira (31) seu compromisso, já firmado no início da corrida eleitoral, em aumentar em 2% as transferências de impostos para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O discurso foi feito durante um painel organizado pela Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul em um hotel em Porto Alegre. Três temas foram abordados: pacto federativo, financiamento da saúde e educação e burocracia.
"Os 2% a mais é um compromisso nosso. Isso custará em torno de R$ 6 bilhões. É menos da metade do que custa 0,5% da Selic quando o Banco Central se reúne em Brasília", sustentou. "O governo não tem [dinheiro] para calçamento de rua, para saneamento, mas tem para outras coisas", criticou.
Acompanhado do candidato ao Senado, Beto Albuquerque, o ex governador de Pernambuco foi recebido por políticos de partidos aliados, entre eles José Ivo Sartori (PMDB), que concorre ao governo do Rio Grande do Sul. Na chegada, experimentou chimarrão. Em seguida, deu início ao discurso.
Campos voltou a fazer críticas ao atual modelo econômico do Brasil e a gestão da presidente Dilma Rousseff.
"Não só é possível. Mas é necessário mudar o Brasil. Dos problemas nós sabemos, a demanda nós conhecemos.
Esse governo insiste em governar com 39 ministérios. Políticos que vivem com a cabeça no século XIX. Uma coisa é você fazer aliança em torno de um programa", argumentou.
"O Brasil precisa reencontrar o caminho do crescimento econômico e distribuição de renda", complementou.
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