Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Nacional / Internacional

Abdelmassih é investigado por mais 26 estupros e manipulação genética

20.08.2014
16:14
FONTE: G1

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  • Roger Abdelmassih é fotografado pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai
Com a prisão do ex-médico Roger Abdelmassih, a Polícia Civil de São Paulo pretende  interroga-lo sobre mais 26 ex-pacientes que o acusam de estupro. Além disso, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na capital paulista, quer ouvi-lo sobre crimes envolvendo manipulação genética irregular que ele teria cometido. Quatro pacientes relatam ter tido problemas na gestação ou má-formação dos filhos após se submeterem a tratamento na clínica que ele mantinha.

“Com a vinda dele [Roger] ao estado de São Paulo, agora irei pedir a Justiça para ouvi-lo no inquérito no qual é investigado por suspeita de mais 26 estupros consumados ou não”, disse a delegada Celi Paulino Carlota, titular da 1ª DDM. "Algumas contaram que ele dava um beijo molhado no canto da boca delas quando eram atendidas. Outras acham que podem ter sido estupradas quando estavam desacordadas por conta dos procedimentos médicos".

Além disso, o ex-médico é investigado por crimes previstos na Lei 11.105 de 2005 de Biosegurança. “Quatro dessas mulheres, ex-pacientes, relataram problemas. Uma teve um filho com síndrome de Edwards [que causa má-formação no coração, cabeça e pés], outra com síndrome de Down, e duas contaram sobre abortos”, afirmou Celi. “Coisas graves como abortos em série e feto que morreu e a mulher viveu meses com ele na barriga sem que o então médico quisesse retirar”.

Esse é o segundo inquérito por estupro que Roger responde na DDM em São Paulo. O primeiro, que apurava também atos libidinosos, resultou na condenação dele na Justiça em 2010 a uma pena de 278 anos de prisão por 48 ataques a 37 mulheres entre 1995 e 2008. Todos os inquéritos estão sob segredo judicial para preservar a identidade das vítimas.

Roger foi preso na terça-feira (19) no Paraguai, após ficar três anos foragido. Nesta quarta-feira (20) ele será escoltado pela Polícia Federal num voo a São Paulo. Após passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), deverá seguir para algum unidade prisional, que ainda não foi divulgada.

Somente após esse trâmite é que a delegada pretende interrogar o ex-médico. “Se eu ouvi-lo, dentro de um mês concluo esse outro inquérito e o relato a Justiça”, disse Celi.

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