Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Nacional / Internacional

Advogado diz que aluna morreu no CE com droga dada pelo namorado

18.05.2016
16:42
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

O advogado Cândido Albuquerque, que representa a família da estilista Yrna de Sousa Castro, de 27 anos, morta no início do mês, em Fortaleza, admite a possibilidade da estudante ter usado drogas manipulada pelo namorado Gregório Donizeti.

Yrna foi encontrada morta no porta-malas do carro do namorado, o jornalista e empresário Gregório Donizetti, no dia 1º de maio. De acordo com a versão apresentada por ele à polícia, os dois usaram morfina e ela morreu de overdose. O corpo permaneceu por quase 20 horas dentro do carro até o namorado se entregar à Polícia.

Para Cândido Albuquerque, esse fato, junto ao resultado da perícia, não isenta a responsabilidade de Gregório. “Testemunhas dizem desde que ela namora com ele – eles namoram há uns 120 dias – que durante esse período ela usou drogas. Quem se relaciona com ele usa drogas, ele convida as pessoas pra casa dele pra manipular drogas e injetar nas pessoas."

O advogado também é contra o pedido de exumação do corpo de Yrna, feita pela Polícia Civil, para realizar um exame para identificar se houve consumo de drogas. "Ela morreu porque ele manipulou o remédio, é uma droga, e colocou no braço dela. Ela não morreu de overdose de cocaína. Então descobrir se ela usou cocaína não vai mudar nada”, defende.

Marcas de lesões

Fotografias feitas pela família de Yrna mostram machucados "claramente perceptíveis" no olho direito, nas mãos, embaixo do queixo e nas costas. "As imagens me causaram inquietação e é sobre isso que preciso conversar com a delegada. Se atestou muito facilmente a ausência de lesões e não é isso que as fotografias mostram. Se são lesões profundas, ou não, isso eu não posso dizer, mas a polícia tem que investigar. Se houve agressão, existe a possibilidade de ter havido homicídio", diz o advogado.

Os advogados das duas famílias estão na expectativa  sobre o pedido de exumação do corpo da estilista, feito pela delegada Socorro Portela, Diretora da Divisão de Homicídios e responsável pelo inquérito que investiga a morte de Yrna.  A exumação do corpo vai permitir a realização de exames mais detalhados e verificar se a estilista  consumiu drogas até 90 dias antes de morrer.

Versão da defesa

No entendimento do advogado de Gregório Donizeti, Leandro Vasques, o exame, que só pode ser feito no exterior, é importante para confirmar a versão do jornalista, de que a morte foi acidental por uso de drogas e que ele não teve a intenção de matar a estilista.

“Infelizmente, Yrna e os depoimentos é que informam isso, não sou eu, asseveram que ela já consumia substância entorpecente há muito tempo. Depois do dia 23 de abril, uma semana antes do episódio, consumiu cocaína também. Quem consome substância obviamente sempre estará vulnerável a lamentavelmente perder a vida precocemente.”

O caso

O corpo da estudante ficou mais de 12 horas no porta-malas do carro do namorado Gregório Donizeti. Em depoimento à polícia, o empresário relatou que o casal saiu para uma festa na noite de sábado e somente depois foi ao seu apartamento. Segundo Gregório, o casal fez uso de entorpecentes e durante a madrugada a universitária passou mal e faleceu.

Durante o depoimento, o suspeito informou o local onde o corpo estava. Uma equipe da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e investigadores da DHPP foram ao prédio, recolheram o cadáver e iniciaram a investigação. Segundo o empresário, a mulher não aparentava marcas de violência e não tinha nenhuma perfuração, versão contestada por familiares nesta terça-feira.

A delegada Socorro Portela conta que Gregório disse em depoimento que colocou o corpo de Yrna no porta-malas do carro porque percebeu que a jovem tinha morrido e pensou em cometer suicídio. "Segundo ele, tentou se matar e só queria que o corpo dela fosse encontrado depois que já tivesse morrido", conta a delegada responsável.

O empresário foi indiciado na DHPP por ocultação de cadáver, por ter escondido o corpo da namorada no porta-malas do carro. Ele foi liberado e deverá aguardar a conclusão do inquérito em liberdade. Segundo a delegada, caso seja comprovado a participação do empresário, o mesmo poderá responder também por homicídio.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO