O líder do PT no Senado, Humberto Costa, confirmou que os senadores da defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, vão pedir que a votação final no processo de impeachment seja feita em duas partes – uma para cada questionamento que será feito aos senadores antes da decisão – como havia adiantado o Blog da Cristiana Lôbo.
Pelo rito estabelecido, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, perguntará aos senadores se eles acreditam que Dilma cometeu crime de responsabilidade e deve ser condenada à perda do mandato e, consequentemente, ficar inabilitada de exercer função pública por oito anos.
Humberto Costa afirmou que a defesa vai solicitar que sejam feitas duas votações, uma para a perda do mandato e outra para inabilitação para exercer função pública.
“Vamos destacar a questão da inabilitação. Caso contrário, a presidente Dilma será impossibilitada de ter um emprego público, será impossibilitada de receber qualquer tipo de recurso de estatal e de exercer o papel de professora universitária, por exemplo, e de ter a possibilidade de disputar outros mandatos. Vamos fazer esse destaque sim”, afirmou.
Segundo Costa, o destaque será defendido pelos senadores Katia Abreu e Armando Monteiro. Humberto Costa destacou que a pena de inabilitação é desproporcional. “A desproporcionalidade entre aquilo que ela é acusada e pena é muito grande”, afirmou.
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