As investigações seguem em sigilo por determinação da Justiça. "O que for prejudicar a investigação, não vamos passar. O meu interesse é que a investigação corra normalmente", afirmou a delegada.
Volta às aulas
Na manhã desta terça-feira, as aulas no Colégio Ipiranga, onde Bernardo estudava, voltaram. A fachada da escola virou um painel de protestos e homenagens.
Uma psicóloga especializada foi contratada para auxiliar os alunos. No primeiro horário da manhã, as crianças foram convidadas a fazer uma reflexão. Junto, o grupo fez uma oração e vai escrever uma carta projetando sua vida para o próximo ano.
Entenda o caso
Bernardo foi visto pela última vez às 18h do dia 4, quando ia dormir na casa de um amigo, a duas quadras da residência da família. No dia 6, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado de que o filho não estava lá nem havia ido ao local nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta do garoto foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na rodovia ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada de Bernardo.
"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen para comprar um televisor.
O pai da criança registrou o desaparecimento do filho no dia 6, e a polícia então começou a investigar o caso.
No dia 14, o corpo de Bernardo foi localizado em Frederico Westphalen. A delegada disse que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do garoto, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um deles. O advogado do pai afirmou que seu cliente é inocente.