Mato Grosso, 28 de Abril de 2024
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Após 'Carne Fraca', ministro diz que suspenderá licença e voltará ao trabalho

17.03.2017
14:54
FONTE: G1

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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta sexta-feira (17) que, por causa da operação Carne Fraca, vai suspender uma licença de dez dias para tratar de assuntos particulares e voltará para o trabalho.

A operação da Polícia Federal, que investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos, foi deflagrada nesta sexta.

Em dois anos de investigação, detectou-se que funcionários de Superintêndencias Regionais de Paraná, Minas Gerais e Goiás recebiam propina para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva. Alguns dos funcionários estão entre os detidos na operação.

"Informo que cancelo minha licença do Ministério da Agricultura diante da operação Carne Fraca deflagrada pela Polícia Federal hoje", escreveu Maggi em nota divulgada nas redes sociais.

"A investigação começou há mais de dois anos. O que as apurações da Polícia Federal indicam é um crime contra a população", completou o ministro.

Em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária disse que considera lamentável a denúncia de que alguns dos principais frigoríficos do país, com o apoio de uma rede de fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, estariam envolvidos num esquema de venda ilegal de carnes ao consumidor.

A entidade afirmou ainda que os produtores rurais têm dado uma grande contribuição ao desenvolvimento nacional e que não é justo que a imagem seja manchada pela ação irresponsável e criminosa de alguns.

Operação
A investigação atinge os maiores frigoríficos do país e coloca em xeque a inspeção da qualidade das carnes brasileiras consumidas aqui e também no exterior. O Brasil foi o maior exportador de carne bovina do mundo no ano passado.

A investigação aponta que funcionários públicos que eram encarregados de fiscalizar a qualidade dos produtos vendidos pelos frigoríficos recebiam propina para facilitar a produção de alimentos impróprios para o consumo emitindo certificados sanitários para que pudessem ser exportado para outros países.

De acordo com a decisão judicial que autorizou a operação desta sexta, a conclusão que se chega com as investigações "é a de que a menor das preocupações que possuem é a de inspecionar a adequação aos parâmetros de qualidade dos produtos que depois serão consumidos por brasileiros e, nos casos de exportação, por estrangeiros".

O Brasil é o segundo maior produto de carne do mundo, só atrás dos Estados Unidos. Além disso, é o país que mais exporta carne bovina. O total exportado no ano passado chegou a US$ 14 bihlões entre frango, carne bovina e suína.

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