Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Autópsia no corpo da mãe do menino Bernardo é contestada pela família

03.02.2016
08:55
FONTE: G1

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  • Odilaine Uglione e  Bernardo Boldrini
A autópsia no corpo de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, feita em fevereiro de 2010,  é contestada pela família que pede na justiça a anulação do resultado. A morte dela está sendo investigada pela segunda vez e apresenta novidades no caso.

Uma audiência com o médico perito aconteceu na tarde de terça-feira (2), no fórum de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Ele e o auxiliar foram ouvidos pela juíza responsável. Responderam  às perguntas dos advogados e do Ministério Público.

O médico Perito Douglas Loma Pierola é réu no processo movido por Jussara Uglione, mãe de Odilaine. Logo que o pedido de reabertura do inquérito da morte da mãe de Bernardo Boldrini foi feito em maio de 2014, o médico, por conta própria, entregou ao Ministério Público fotos da necropsia e o laudo de uma tomografia com data atual.

Na época da morte de Odilaine, em fevereiro de 2010,  no entanto, os documentos não foram adicionados ao inquérito policial. Ele ainda entregou uma justificativa pessoal em papel timbrado do Instituto-Geral de Perícias, reafirmando o suicídio.

Isso, segundo o advogado da família Uglione, é ilegal. "Ele foi, sem ter sido impulsionado por autoridade alguma, utilizando de documentos públicos e timbrados, do próprio IGP, apresentou diretamente no MP razões pessoais que ele entendia que o suicídio de Odilaine teria ocorrido. Apresentou documentos que não constavam na investigação, uma tomografia computadorizada de 2014, da Odilaine. Só que ela morreu em 2010", analisou o defensor Marlon Taborda.

O auxiliar do perito, Leandro Burdzinski deu explicações sobre uma manifestação que fez em uma rede social, onde falava em receber pagamento para servir de testemunha. Na audiência, ele foi ouvido como informante. O médico apresentou justificativas sobre a entrega dos documentos e admitiu falhas, como usar o papel timbrado do IGP.

“Ele disse que, por tudo que estava na mídia, pela cobrança das famílias, amigos, da imprensa, ele resolveu esclarecer. Ele sempre registrou todas as perícias dele com a máquina dele, e armazenou. Hoje tem uma máquina no IGP, na época não tinha”, ponderou o advogado do perito, Ernesto Rodrigues Sobrinho.

“A tomogafia foi realizada na época, mas não havia sido juntado”, acrescentou o defensor.

A juíza e o promotor só vão se manifestar sobre o assunto no processo. Agora as partes e o Ministério Público tem 30 dias para apresentar as considerações finais. Só depois disso, o caso será julgado.

O resultado do novo inquérito que está sendo feito pela Polícia Civil e ainda não tem data para ser apresentado.

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