Cerca de 800 avaliadores estão distribuídos pelos estandes das 58 ocupações técnicas da Olimpíada do Conhecimento, no Expominas, em Belo Horizonte. Eles aproveitam esta terça-feira (2), véspera do início das competições, para, junto com os alunos, se ambientarem aos espaços e aos equipamentos. Há modalidades, como a pintura decorativa, em que há apenas três avaliadores, enquanto outras contam com mais de 20 profissionais dedicados a avaliar os competidores, caso da tecnologia de moda.
Os avaliadores são, em sua maioria, professores de alunos que participam desta edição da Olimpíada. Em cada ocupação, eles são liderados pelo chamado avaliador líder, profissional responsável por coordenar o processo e balizar os trabalhos. De acordo com o diretor-técnico da Olimpíada do Conhecimento, Luiz Leão, os avaliadores são selecionados a partir do potencial que demonstram nas escolas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de todo o país.
“Eles são indicados pelos departamentos regionais com base no potencial que demonstraram dentro das escolas do SENAI. São pessoas que apresentam os melhores desempenhos como professores. Uma evidência é que os alunos deles se destacaram e estão na Olimpíada do Conhecimento”, explica o diretor.
Luiz Leão observa que, dentro do conceito do regulamento, é recomendável que um avaliador não analise o trabalho feito pelo competidor por ele treinado. Ainda segundo ele, a maior parte da equipe avaliadora é formada por jovens com pouco mais de 20 anos, sendo muitos ex-participantes da Olimpíada do Conhecimento. “Há um número significativo de ex-competidores que hoje estão nessa função.”
Edimar Leal participa da Olimpíada desde 2006. Mas esta é a primeira vez na condição de avaliador TAREFAS - Avaliadora líder da ocupação de moda e criatividade para pessoas com deficiência, a professora de costura do SENAI de Cuiabá (MT), Paula Milani, de 26 anos, diz que cada avaliador está sempre à disposição do líder para o desempenho de uma série de funções. Entre as tarefas estão a orientação do aluno, a preparação de equipamentos e a participação nos fóruns das ocupações. Ouça:
Participante da Olimpíada do Conhecimento desde 2006, edição realizada em Pernambuco, o professor da área de tornearia CNC do SENAI de Resende (RJ) Edimar Leal, de 37 anos, está pela primeira vez no torneio na condição de avaliador. Ele conta como foi convidado para chegar à função. “Tive um aluno que tirou o primeiro lugar na fase estadual e, a partir daí, fui convidado pela gerência de educação profissional para treinar o meu aluno para a Olimpíada. Trata-se de um trabalho criterioso, que requer muito treinamento”, afirma.
A OLIMPÍADA – Em sua 8ª edição, a Olimpíada do Conhecimento é realizada entre 3 e 6 de setembro, no Expominas, onde são esperados mais de 300 mil visitantes. A competição reúne mais de 800 competidores, divididos em 58 ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária. Durante os quatro dias, os concorrentes, alunos do SENAI, Senac e Institutos Federais de Tecnologia, realizam tarefas semelhantes às que teriam em situações reais nas empresas.
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