Uma família do bairro Caieiras, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, aponta um suposto erro médico no parto de uma criança, no dia 3 de novembro, no Hospital Irmã Dulce. Segundo os familiares, o bebê que era esperado por Kelly da Silva, de 30 anos, estava vivo, mas após o parto ser realizado, a equipe médico informou que a criança estava morta antes mesmo do procedimento.
O gesseiro Gilson Manoel da Silva, de 41 anos, explica que a sua esposa cumpriu todas a exigências do pré-natal, inclusive realizando exames dois dias antes de ir para unidade de saúde e que a criança estava bem, até dar entrada no hospital. "A minha mulher estava sentindo fortes dores, então, decidimos ir para o Irmã Dulce. A primeira coisa é que no momento em que nós chegamos não tinha médico lá. Ficamos mais de meia hora esperando o atendimento. Depois, a enfermeira veio e, em seguida, uma médica. Ela falou que iria fazer uma cesária, mas acabou fazendo parto normal e veio alegando que a criança estava morta. Como assim se dois dias antes a minha esposa tinha ido fazer o pré-natal e o médico dela falou que estava tudo bem?”, diz.
Segundo o pai do bebê, o comportamento da médica no tratamento a paciente não foi o adequado. “O que acontece é que depois desse tempo todo, ela chegou e disse que a criança estava morta na barriga da minha mulher, que o coração não estava batendo. Se era assim, porque ela estava tão calma antes do parto? Ela nos falou que a criança estava morta há 24 horas. Nós temos todos os exames, toda a documentação, a criança estava viva”, afirma.
Além disso, Gilson destaca que após a notícia da morte, a médica teria deixado a mulher agitada. "A minha esposa ainda estava na mesa de cirurgia quando ela veio e perguntou se ela queria que fizessem a autópsia na criança ou se ela preferia que enterrasse sem saber a causa do óbito, pois dessa forma não seria necessário 'abrir' a criança para descobrir o que aconteceu. Como ela faz uma pergunta dessas para quem acabou de perder um filho? Aquela médica não tem capacidade para estar lá. O hospital precisa tomar alguma providência ou mais casos desse tipo irão ocorrer”, conclui.
Por meio de nota enviado ao G1, a Diretoria Técnica do Hospital Municipal Irmã Dulce informa que a médica adotou os procedimentos corretos e que a paciente já internou em óbito fetal.