Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
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Bebê salvo pela mãe que interrompeu quimio tem alta após 99 dias internado

23.07.2014
10:42
FONTE: G1

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O pequeno Arthur Cabrera Padovani vai conhecer sua casa pela primeira vez. O bebê nasceu com seis meses de gestação, pois a mãe precisou antecipar o parto devido a um câncer de mama. Patrícia Alves Cabrera, de 27 anos, havia interrompido as sessões de quimioterapia para salvar a vida do filho e uma semana depois de dar à luz, não resistiu e morreu. Após ficar 99 dias internado no Hospital São Paulo, em Araraquara (SP), Arthur teve alta nesta quarta-feira (23).

Felipe Cabrera Padovani comemora a alta do filho e agradece a campanha realizada por amigos e familiares para mantê-lo no hospital. "Enxergo a vida com outros olhos", disse o pai ao comentar a perda da esposa e o "milagre" que fez Arthur sobreviver.

Após a morte da mãe, a criança passou por uma série de adversidades. Superou uma infecção, uma alergia e até mesmo uma cirurgia no coração. O procedimento foi feito em São José do Rio Pardo, quando Arthur completou dois meses. A criança tinha um sopro no coração que atrapalhava o desenvolvimento do pulmão. 
 
Superação

"Meu filho nasceu com 30 centímetros e 850 gramas. Cabia dentro de uma caixa de sapato. Mas mostrou uma força enorme e está se recuperando bem. Não tem como não ter fé olhando para ele. É claro que tenho vontade de ela (Patrícia) estar aqui. Mas me sinto forte por ele e vou seguir minha vida, com o apoio da minha família. Conseguimos um milagre", comentou o pai. 

Padovani destacou uma série de cuidados necessários nesta fase de transição. "Será como se ele fosse um recém-nascido. Não poderá sair de casa por agora e nem receber muitas visitas", ressaltou.

Solidariedade

Padovani é garçom e não teve condições de arcar com as despesas médicas do hospital. Somente o custo de um dia de internação girava em torno de R$ 4 mil. Desesperado, chegou a acionar a Justiça para que o estado custeasse o tratamento médico do filho. Porém, não obteve retorno.

Foi quando amigos e familiares criaram uma campanha nas redes sociais para arrecadar doações. "Não parou aí. Após o G1 divulgar o caso, recebi apoio de todo Brasil. Pessoas que nem conheço fizeram rifas, bingos, eventos e almoços. Foi graças à solidariedade humana que consegui superar esse drama", relatou. 

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