Dentre os sete candidatos ao governo do Rio de Janeiro, três deles – que participaram de eleições em 2010 – declararam ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) redução no valor de seus bens; um registrou patrimônio R$ 223 mil maior, enquanto dois estão concorrendo pela primeira vez e, portanto não há base para comparação. Uma candidata informou à Justiça Eleitoral que não tinha bens a declarar.
Segundo o TRE-RJ, os sete políticos ainda terão suas candidaturas julgadas – deferidas ou indeferidas – no dia 21 de agosto. Caso o tribunal encontre alguma irregularidade no registro dos candidatos, poderá considerá-los inaptos para a disputa. E os partidos ainda podem recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Marcelo Crivella (PRB) teve queda de R$ 4.600 no seu patrimônio em relação à declaração de 2010, enquanto Luiz Fernando Pezão (PMDB) teve redução de R$ 18.300 e Lindberg Farias (PT), de R$ 5.200, comparando com o mesmo período. Apenas o ex-governador Anthony Garotinho (PR) declarou crescimento patrimonial, passando de R$ 80 mil em 2010 para R$ 303 mil em 2014. Tarcísio Motta (PSOL) e Ney Nunes (PCB) não têm registro em eleições anteriores, inviabilizando comparativos, e Dayse Oliveira (PSTU) não registrou declaração de bens.
Detalhes
Para o TRE-RJ, o ex-governador Anthony Garotinho declarou ter R$ 303.500 em bens, contabilizando um terreno em São João da Barra, no interior do estado, cota de participação numa empresa editorial e aplicações financeiras, e fundo de previdência privada. Na eleição de 2010 para deputado federal, os bens do candidato somavam R$ 80 mil, incluindo uma casa em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Marcelo Crivella foi o que declarou patrimônio mais alto, de R$ 734.500. Cerca de R$ 4.600 menor que a declaração apresentada há quatro anos, quando concorreu ao Senado. Ele tem apartamento em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e um Jetta 2013.
O segundo candidato com maior patrimônio declarado é Ney Nunes (PCB). Dono de um apartamento em Maria da Graça, no Subúrbio do Rio, e de metade de outro imóvel em Vila Isabel, na Zona Norte, e de um Fiat Palio 2005, ele declarou ter R$ 514 mil em bens.
O atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, declarou ter R$ 252 mil, incluindo um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, uma conta bancária e um fundo de previdência privada. Ele declarou uma redução de aproximadamente R$ 18.300, em relação à declaração de 2010, quando foi eleito vice-governador.
Os bens de Lindberg Farias declarados para esta eleição somam R$ 189 mil, incluindo lotes de quatro terrenos na Paraíba. Ele – assim como Pezão, Garotinho e Tarcísio – não possui carro em seu nome. O candidato petista tem R$ 5.200 a menos que a relação de bens apresentada em 2010, quando foi eleito senador.
A candidata do PSTU, Dayse Oliveira, não apresentou declaração de bens para as próximas eleições. Já nas eleições de 2008, quando teve a inscrição indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – por não reunir as condições necessárias para o registro da candidatura – para concorrer como vice-prefeita de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a professora informara que não tinha bens a declarar.
Outro que não tem quase nada a declarar é o candidato do PSOL, o professor Tarcísio Motta. Além de R$ 49 na conta corrente, ele declarou apenas três planos de previdência privada em nome dos filhos. Somando tudo, dá R$ 3.800 de patrimônio.
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