Casos de malária registrados em Santarém diminuem 52%

O número de casos de malária notificados em Santarém, oeste do Pará, diminuiu 52,6%, de acordo com o relatório divulgado pela 9ª Regional da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

De janeiro a agosto deste ano, 164 casos de malária foram notificados em Santarém, enquanto que o mesmo período de 2013 teve 346 notificações no município. Segundo o coordenador regional de malária, Lázaro Nogueira, as ocorrências são originadas de outros municípios e até de outros estados e países. “O número de notificações em Santarém são 164 casos positivos, notificados e tratados no município, geralmente vêm de outros municípios, estados ou países”, explicou.

Conforme o relatório, do total de casos notificados este ano, Santarém teve três casos de malária, mas de acordo com Nogueira, após verificação minucosa ficou constatado que os registros não são da cidade.

 “Foi feito uma confusão na hora da notificação em algum lugar, não foi na nossa regional. Em algum lugar, notificaram esses três casos para Santarém e foi impossível retirar do sistema, mas não são do município. Em Santarém, atualmente, em 2014, não temos nenhum caso positivo do município”, esclareceu o coordenador regional de malária.

No oeste do Pará, as três cidades que mais têm casos de notificação e tratamento da doença são Itaituba, em primeiro lugar, com quase 16%, seguida de Jacareacanga com 15% e Novo Progresso tem 3% dos casos confirmados. “Desses, Itaituba é o principal, inclusive hoje, é o “calo” da regional, porque é onde tem o maior número de casos de garimpos e essas áreas de garimpos são de difícil acesso, por isso que o número de casos está um pouco alto, mas na região de malária do município de Itaituba, onde a gente está atuando, o município está trabalhando diretamente, os casos diminuíram bastante do ano passado para cá”, informou.

De acordo com a Sespa, no Pará, de janeiro a agosto de 2014, foram registrados 7.909 casos, o que representa uma queda de 65,9% em relação ao mesmo período de 2013, quando a malária fez 23.190 vítimas. Para livrar a população da doença foram implantadas Unidades de Diagnóstico e Tratamento (UDT) em todo o território paraense. São 860 no total. Atualmente, o Pará deixou de liderar o ranking brasileiro, caindo para o terceiro lugar, ficando atrás do Amazonas (1º) e do Acre (2º).