Chico Rodrigues, do PSB, diz que Roraima não ficará sem energia

O candidato ao cargo de governador de Roraima Chico Rodrigues (PSB) disse que, caso reeleito, Roraima não ficará sem energia elétrica. A promessa foi feita durante entrevista à TV Roraima e ao G1 nesta segunda-feira (15), ao responder a pergunta de um internauta. "Não se preocupem que não vai faltar energia em nosso estado", garantiu Rodrigues.

O candidato à reeleição disse que pretende solucionar a atual crise energética com a implantação de termoelétricas, prevista para gerar energia dentro de um prazo de dois meses. Ele acrescentou que a energia de Tucuruí é uma realidade em Roraima, tendo em vista que o Governo Federal, no ano passado, fez uma licitação da extensão da energia de Tucuruí (AM) para o estado.

"Com relação a hidrelétrica de Tucuruí, a extensão da rede de energia para Roraima já está em execução, porém sofreu um entrave na passagem das torres pela terra indígena Waimiri-Atroari, com alguns problemas provocados pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Sobre a redução do fornecimento na energia de Guri, já está sendo implantado um parque térmico, próximo a Radiobrás, saída para Venezuela, que vai gerar mais de 130 megawatts. A empresa contratada afirmou que dentro de dois meses já estará gerando energia", explicou.

Questionado sobre a fragilidade do sistema prisional em Roraima, o candidato afirmou que esta situação se deve à negligência do poder público federal com a segurança. "Em cinco meses como líder do Executivo, tomei providências sérias e seguras nas unidades prisionais. Além disso, as obras na cadeia de Rorainópolis deverão ser retomadas", garantiu.

Ele ressaltou ainda a implementação do programa 'Ronda no Bairro'. "O Ronda no Bairro tem sido um referencial no Brasil. Os policiais que recentemente passaram no concurso estão em um período de adaptação. O programa conta com 40 viaturas, e a partir de novembro vai reforçar a segurança com mais 20 viaturas", destacou Chico Rodrigues.

Durante a entrevista, após ser questionado sobre a proximidade da Cadeia Pública de Boa Vista à uma área residencial e uma escola, ele anunciou a possibilidade de mudança de endereço. "Vamos ter que mudar a localização, mas já foi reduzido muito o número de presos de lá", disse.

Quanto ao último concurso público da saúde, Chico Rodrigues afirmou que os concursados da lista de espera serão chamados. "Há uma demanda na área da saúde. Profissionais aprovados, tenham a certeza e a tranquilidade que estamos estudando o caso para complemento de quadro no interior e na capital", comentou, acrescentando que um novo concurso não será feito sem antes verificar a situação dos que ainda não foram convocados.

Questionado sobre o descaso com relação ao salário de servidores públicos que recebem menos de um salário mínimo, o candidato falou que já existe um projeto do Governo com a Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, para que possa ser feito uma nova modelagem na gestão pública. "É um absurdo um servidor ganhar menos de um salário mínimo. Ao longo do tempo estamos fazendo o que é possível. Mas este choque de gestão está sendo trabalho com esta entidade", contou.

O candidato citou que o governo conseguiu juntamente com a Assembleia Legislativa de Roraima aprovar a Lei das Terras. "Já é um grande passo para dar segurança jurídica e institucional aos investidores e também aos produtores rurais, que acreditam que o agronegócio seja a grande mudança no setor produtivo", disse.

Rodrigues informou que Roraima possui mais de três milhões de hectares propícios à exploração da agricultura familiar, o que agrega valor à economia do estado e proporciona mais qualidade de vida para a população.

"O estado pode legislar em terras da União. O Ministério Público não pode ser contra Roraima, tem que ser a favor. A lei foi aprovada e o presidente Lula repassou as terras para o estado. Estamos obedecendo a constituição. Ninguém vai impedir o nosso desenvolvimento. O setor produtivo, da pecuária, agricultura familiar e agronegócio precisam de investimentos feitos a curto prazo para elevar a economia do estado", enfatizou.

Durante a entrevista, ele comentou ainda sobre a criação do Parque do Lavrado, que poderá ser incorporado nas áreas indígenas já demarcadas, devido a extensão territorial que corresponde a mais de 1 milhão de hectares.

"Há uma certa contradição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros segmentos do poder público federal, que estão na contra-mão da história e o governo não vai permitir que impeça a implantação do parque. A proposta é implantar a agricultura nas comunidades indígenas, que têm um enorme potencial econômico", concluiu Rodrigues.