A presença de um grupo de cerca de 150 capivaras no Parque da Represa sempre dividiu opiniões na cidade de São José do Rio Preto (SP). Os animais, apesar de embelezar o local e não oferecer risco aos visitantes, por vezes escapam e causam acidentes no trânsito. Com isso, a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo anunciou na sexta-feira que cercara os lagos dois e três do parque.
A instalação do cercado é uma promessa antiga, que tem o intuito de evitar a circulação dos animais na área externa da Represa, que fica próxima a ruas e avenidas de grande circulação e perto da rodovia BR-153. A demora na execução do serviço causou a morte de muitas capivaras e alguns acidentes.
No ano passado, um grupo delas provou uma colisão entre dois veículos ao atravessar a avenida Nadima Dahma, que fica próximo ao parque. Os ocupantes dos carros não se feriram, mas os animais morreram. "As capivaras eram atropeladas com frequência. Com o gradil elas ficarão seguras e nos períodos de seca poderão subir o rio para se alimentar", avaliou o secretário de Meio Ambiente, José Carlos de Lima Bueno.
A previsão é de que sejam cercados 4.199 m, com uma estrutura de aproximadamente 1 m de altura e malha de 10 x 10 cm. A Secretaria de Meio Ambiente informou que as grades serão pintadas da cor verde para se misturar com a paisagem. O valor da obra é estimado em R$ 336 mil e a previsão é de que o serviço seja concluído em até 60 dias.
De acordo com a administração da Represa, as capivaras chegaram ao local em 1956, quando foi feito o primeiro dos três lagos artificiais. Censo realizado pela prefeitura aponta que, somente nos últimos dois anos, houve um aumento de 40% no número de capivaras, já que esta é uma espécie que procria com rapidez e tem, em média, de três a quatro filhotes por gestação.
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