Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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'Claro que não vamos manter mesma geração de empregos', diz Dilma

23.08.2014
04:12
FONTE: G1

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  • Em entrevista em estação de trem de Novo Hamburgo (RS), Dilma comentou os dados de criação de empregos no país
Um dia após o Ministério do Trabalho divulgar que o Brasil teve o pior índice de geração de emprego no mês de julho dos últimos 15 anos, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que o país não deve manter o mesmo ritmo de criação de postos de trabalho registrado antes da crise de 2008 e salientou que, apesar dos dados, não há uma "situação de desemprego". Em ato de campanha na região metropolitana de Porto Alegre, a petista afirmou que o país está sofrendo os efeitos da crise mundial.

"Estamos sofrendo as consequências da crise econômica internacional. Claro que não vamos manter a mesma geração de emprego que nós tínhamos no início [do governo], de quando saímos do desemprego e passamos a crescer", disse Dilma em visita a uma estação do metrô do município de Novo Hamburgo (RS).

"Mas temos dados extremamente favoráveis a nós. Nós somos o país com a menor taxa de desemprego", complementou a presidente da República.

Nesta quinta (21), o Ministério do Trabalho informou, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que o Brasil criou 11.796 empregos com carteira assinada no mês de julho. O número representa uma queda de 71,5% frente ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 41.463 vagas formais.

Também foi o pior resultado para meses de julho desde 1999, quando foram abertas 8.057 vagas com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Trabalho, que começou a divulgar dados do tipo em 1992.

Ao comentar os números do Caged, Dilma afirmou que há "uso eleitoral" de dados negativos envolvendo o governo federal. De acordo com a chefe do Executivo, a queda na geração de empregos faz parte de um processo de "flutuação".

"É óbvio que se tem uso eleitoral dos processos de flutuação. Agora uma coisa é interessante, quando é pra cima, ninguém anuncia muito não. Quando a inflação começou a cair eu não vi na primeira página do jornal", reclamou a petista.

Trensurb

Ao chegar à estação Fenac do Trensurb (o trem de superfície da capital gaúcha), Dilma comentou que era a primeira vez que visitava os novos terminais do metrô totalmente prontos. As obras, que ligaram o município de São Leopoldo a Novo Hamburgo com o acréscimo de cinco novas estações, foram orçadas em mais de R$ 900 milhões. “De fato, é algo que a gente tem que se orgulhar”, disse Dilma sobre o investimento.

Conforme a petista, o Brasil passou muito tempo sem investir em mobilidade urbana. Ela destacou que, atualmente, há obras de construção ou ampliação de metrôs em nove grandes regiões do país, como Porto Alegre.

Além de vistoriar a nova estação do metrô, a presidente também visitou nesta sexta o Aeromóvel, transporte sobre trilhos que liga o Aeroporto Salgado Filho à estação de trem.

“Todos nós que moramos no Rio Grande do Sul sabemos que o aeromóvel nos interessa muito. É uma forma de transporte extremamente relevante. Permite um transporte sem barulho e não exige que haja uma pessoa o dirigindo”, observou.

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