Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Cunha desmarca jantar com aliados que coincidiria com evento de Dilma

03.08.2015
14:56
FONTE: G1

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desmarcou jantar com deputados aliados, marcado para esta segunda-feira (3), que coincidiria com um evento da presidente Dilma Rousseff e parlamentares governistas no Palácio da Alvorada. Conforme a assessoria da Casa, a ideia é de que a recepção de Cunha seja transformada em um almoço nesta terça (4).

Os encontros do peemedebista e da presidente Dilma com parlamentares servirão para tratar da pauta de votação no Congresso. Alguns deputados integrantes do  PMDB, PP e PR foram convidados para as duas recepções.

O jantar de Dilma está previsto para começar às 19h30 no Palácio da Alvorada. O jantar de Cunha, que foi desmarcado, estava marcado para as 21h. A expectativa era de que parlamentares fossem primeiro ao encontro da presidente e seguissem direto para a residência oficial do presidente da Câmara.

Embora seja do principal partido aliado do governo federal, Cunha rompeu com o Palácio do Planalto e passou para a oposição. O rompimento foi anunciado após o lobista Júlio Camargo afirmar, em depoimento à Justiça, que o presidente da Câmara teria pedido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato com a Petrobras. Investigado na Operação Lava Jato, Cunha acusa o governo de articular para incriminá-lo e diz que o delator foi obrigado a mentir.

Na lista de convidados para o evento do peemedebista, constam líderes de 12 partidos, incluindo seis de legendas governistas: Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE), Maurício Quintella (PR-AL), Domingos Neto (PROS-CE), Marcelo Aro (PHS-MG) e Rogério Rosso (PSD-DF).

Também foram chamados para a recepção do presidente da Câmara André Moura (PSC-SE), Arthur Maia (SD-BA), Mendonça Filho (DEM-PE), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Fernando Filho (PSB-PE). Já a presidente Dilma convidou líderes de partidos da base aliada, como PP, PMDB e PR, e presidentes de legendas aliadas.

Pauta de votações

Apesar de repetir que seu rompimento não terá reflexos na sua atuação como presidente da Câmara, há vários projetos incômodos para o Executivo na pauta de votações da Casa, como o que trata da correção das aplicações no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O governo argumenta que a mudança afetará programas sociais custeados com os recursos do fundo, a exemplo do Minha Casa Minha Vida.

O governo também poderá ter dificuldade para aprovar medidas essenciais para atingir a nova meta de superávit fiscal, que é a economia feita para pagar os juros da dívida pública, e, assim, conseguir fechar as contas.

Uma das medidas trata da arrecadação em cima da repatriação de recursos no exterior. Há um texto em discussão no Senado de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que tem o apoio do governo, mas Cunha já anunciou que não o colocará em votação a não ser que o próprio Executivo envie um texto com a sua proposta.

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