Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Nacional / Internacional

Delegados da PF ouvem os sete presos na 34ª fase da Lava Jato

23.09.2016
10:56
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

  • Sede da Polícia Federal nesta sexta (23), em Curitiba, onde os investigados são ouvidos
Os delegados da Polícia Federal (PF) planejam ouvir as sete pessoas presas na 34ª fase da Operação Lava Jato entre a manhã e a tarde desta sexta-feira (23). Todas elas foram presas na quinta-feira (22) e estão detidas na carceragem da PF desde a chegada a Curitiba.

De acordo com a PF, as oitivas desta sexta-feira devem ocorrer na seguinte ordem:

- 10h
Julio César Oliveira Silva;
Luiz Eduardo Neto Tachard.

- 14h
Danilo Baptista;
Francisco Corrales Kindelan.

- 16h
Luiz Claudio Machado Ribeiro;
Luiz Eduardo Guimarães Carneiro.

- 17h30
Ruben Costa Val.

A prisão do grupo, que é temporária, vence na segunda-feira (26) e pode ser prorrogada pelo mesmo período; pode, ainda, ser convertida para preventiva, que é quando o investigado não tem prazo para deixar a carceragem.

Até a manhã desta sexta, os investigados ainda não tinham passado pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), em Curitiba. O exame é procedimento padrão após a prisão.

O ex-ministro Guido Mantega, que atuou nos governos Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, também foi preso na 34ª fase. Entretanto, ele teve e prisão revogada pelo juiz federal Sérgio Moro, pouco tempo depois, e foi solto por volta das 14h.

Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval do empresário Eike Batista, a OSX, que fica no décimo andar de um prédio no Centro do Rio de Janeiro.

A atual fase da Lava Jato, batizada de Arquivo X, foi deflagrada na manhã de quinta-feira (22) e investiga a contratação, pela Petrobras, de empresas para a construção de duas plataformas de exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s).

O valor do contrato foi de US$ 922 milhões, de acordo com os investigadores.

Investigações
De acordo com o Ministério Público Federalx (MPF), o consórcio Integra Ofsshore, formado pela Mendes Júnior e OSX, firmou contrato com a Petrobras no valor de US$ 922 milhões, para a construção das plataformas, em 2012.

As consorciadas, ainda segundo o MPF, viabilizaram a contratação pela Petrobras mediante o repasse de valores a pessoas ligadas a agentes públicos e políticos.

As investigações apontam a transferência de cerca de R$ 7 milhões, entre fevereiro e dezembro de 2013, pela Mendes Júnior para um operador ligado a um partido político e à diretoria Internacional da Petrobras, já condenado na Operação Lava Jato. Os repasses foram viabilizados mediante a interposição de empresa de fachada, que não possuía uma estrutura minimamente compatível com os recebimentos, segundo os procuradores da Lava Jato.

Ao longo das investigações também foi identificado o repasse de mais de R$ 6 milhões pelo Consórcio Integra Ofsshore com base em contrato falso firmado em 2013 com a Tecna/Isolux. O valor, ainda segundo o MPF, teria sido transferido no interesse de José Dirceu, que está preso pela Lava Jato, e de pessoas a ele relacionadas.

Os procuradores declararam também que empresas do grupo Tecna/Isolux repassaram cerca de R$ 10 milhões à Credencial Construtora, já utilizada por Dirceu para o recebimento de vantagens indevidas

Repasse de Eike ao PT
Em um depoimento ao MPF, o ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, Eike Batista,  declarou que, em novembro de 2012, recebeu um pedido de Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do PT, segundo as investigações.

O procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que os pagamentos feitos por Eike foram operacionalizados por Mônica Moura, mulher do marqueteiro do PT João Santana. O casal foi preso na 23ª fase da operação, em fevereiro deste ano, e solto no dia 1º de agosto.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO