Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Dilma diz a jornal dos EUA que é alvo de 'preconceito de gênero'

26.06.2015
11:56
FONTE: G1

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A presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista ao jornal norte-americano "The Washington Post", que, na opinião dela, existe preconceito de gênero nas críticas de que ela é uma gestora "controladora". Em tom irônico, a petista destacou à publicação que é descrita como uma mulher forte e dura, que coloca o nariz em tudo em que não deveria e que é cercada por homens "meigos".

A entrevista de Dilma ao "Washington Post" foi publicada no site da publicação norte-americana na noite desta quinta (25). A chefe de Estado brasileira viajará, neste sábado (27), aos Estados Unidos para uma visita oficial de quatro dias na qual se reunirá com o presidente Barack Obama.

A declaraçãosobre o suposto preconceito sexista se deu em resposta ao comentário da jornalista norte-americana de que, ao mesmo tempo em que há pessoas que dizem que Dilma é controladora, esses mesmos críticos afirmam que, desde que foi reeleita, ela mudou de postura e passou a delegar ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao vice-presidente Michel Temer a articulação política com o Congresso Nacional.

“Eu acredito que tem um pouco de preconceito sexual ou preconceito de gênero. Eu sou descrita como uma mulher dura e forte, que coloca seu nariz em tudo que ela não deveria, e dizem que eu sou cercada por homens "meigos”, ressaltou Dilma ao jornal.

“Você, alguma vez, já ouviu alguém dizer que um presidente homem coloca seu dedo em tudo? Eu nunca ouvi isso", complementou a petista.

Economia

Depois de dizer que o Brasil se esforçou por seis ou sete anos para não adotar medidas que reduzissem oportunidades de emprego e de renda, Dilma afirmou na entrevista ao jornal dos Estados Unidos que não dá para pensar que o Estado pode tomar conta de tudo.

“Se você acha que o Estado pode cuidar de tudo, você não está levando em conta o fato de que a economia é muito maior do que isso”, disse, depois de ser questionada sobre se ela acreditava, no passado, que o governo poderia fazer tudo.

Em seguida, a presidente disse que houve um esforço por parte do Executivo federal para reaquecer a economia durante o período crítico da crise internacional, inclusive, com incentivos à iniciativa privada, como a desoneração da folha de pagamento.

“Nós não queríamos que o setor privado ficasse em depressão. Nós diminuímos tributos para o setor privado”, enfatizou.

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