Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Dilma diz que não demite ministro com base na imprensa

30.06.2015
15:21
FONTE: G1

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Após dois integrantes do primeiro escalão supostamente terem sido mencionados em depoimentos ao Ministério Público de um dos delatores da Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (30), em Washington, que não demite ministros com base em denúncias veiculadas pela imprensa. A petista ressaltou que aguardará "toda a divulgação dos fatos" para analisar a situação.

Reportagem publicada na edição deste fim de semana da revista "Veja" relaciona os nomes de 18 políticos supostamente citados pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiados com dinheiro oriundo do esquema de corrupção que atuava na Petrobras. O acordo do empreiteiro foi homologado na última quarta-feira (24) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A revista afirma que o empresário disse ter usado dinheiro adquirido com o esquema de corrupção envolvendo contratos da Petrobras para fazer doações oficiais a campanhas de candidatos de PT, PTB, PMDB, PSDB, PSB e PP. Ainda de acordo com a publicação, Pessoa mencionou aos procuradores da República os nomes dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social).

 "Eu nunca demiti ministro ou aceitei ministro nomeados pela imprensa ou demitidos pela imprensa. Assim sendo, vou aguardar toda a divulgação dos fatos para avaliar a situação. A princípio, acredito ser necessário que todos nós tenhamos acesso às mesmas coisas. O governo brasileiro não tem acesso aos autos [do processo da Lava Jato]. Estanhamente, o  governo brasileiro não tem acesso aos autos e há um vazamento seletivo e alguns têm", disse Dilma, durante entrevista coletiva concedida em conjunto com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca.

De acordo com "Veja", durante os depoimentos prestados em Brasília ao longo de cinco dias, Pessoa descreveu como financiou campanhas e distribuiu propinas.

Segundo relato da revista "Veja", o empreiteiro apresentou ao Ministério Público planilhas com os valores das propinas e contou como fazia os repasses.

De acordo com a publicação, ele disse que teve três encontros em 2014 com o atual ministro da Comunicação Social do governo Dilma, Edinho Silva, à época tesoureiro da campanha da petista.

Pessoa contou, diz a reportagem, que Edinho Silva afirmou a ele: “Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando”.

O valor combinado foi de R$ 10 milhões, de acordo com a revista. O empresário teria informado que o acerto dos pagamentos foi feito diretamente com um servidor do Palácio do Planalto.

Já em relação a Mercadante, Ricardo Pessoa teria afirmado à PGR que doou, com dinheiro superfaturado da Petrobras, R$ 250 mil para a campanha do petista ao governo do estado de São Paulo, em 2010. O chefe da Casa Civil disse por meio de nota, na última sexta (26), que a UTC fez uma única contribuição, devidamente contabilizada e declarada à Justiça Eleitoral, no valor de R$ 250 mil.

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