Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Divisão na votação da reforma política é 'fundamental' para Aécio

21.10.2016
16:31
FONTE: G1

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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) esteve em Vila Velha na manhã desta sexta-feira (21) para prestar apoio à candidatura de Max Filho (PSDB-ES) à prefeitura da cidade. Depois, ele almoçou com o governador do estado, Paulo Hartung, e com o também senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

No diretório do PSDB, em Vila Velha, o senador comentou a prisão de Eduardo Cunha, ddefendeu a PEC 241 e disse que a divisão na votação da reforma política é fundamental para que ela aconteça. Questionado sobre a prisão de policiais do Senado por suspeita de ajudar Sarney, Collor, Lobão e Gleisi, o senador disse que ainda iria se inteirar do caso para poder se pronunciar.

Prisão de Cunha e receio do PSDB
Em entrevista coletiva à imprensa, Aécio Neves falou sobre a prisão de Eduardo Cunha. Questionado se havia algum receio do PSBD com relação a uma possível delação premiada do ex-presidente da Câmara dos Deputados, ele disse que “não há razão para isso”.

“O PSDB teve desde o início de toda a investigação uma posição muito clara. Todas as citações, de quem quer que seja, têm que ser explicadas, todos os homens públicos têm que estar à disposição. Isso é natural da democracia. Quanto às prisões, cabe à Justiça conduzi-las, cabe ao Ministério Público avançar nas investigações e, do ponto de vista político, não há outro comentário a fazer”, disse.

PEC 241
Aécio Neves também disse ser a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um limite para os gastos públicos.

“Ela é essencial nesse momento para o Brasil Mas ela não pode vir sozinha, ela deve vir acompanhada de outras reformas. Nós chegamos no fundo do poço. Ou resgatamos o equilíbrio das contas públicas, e ela é essencial para isso, para a partir daí reativarmos a economia com mais investimentos e gerarmos novos empregos, ou nós vamos encontrar um alçapão lá no fundo desse túnel no qual o PT nos mergulhou”, falou o senador.

Reforma Política
Sobre a possível “divisão” na votação da reforma política na Câmara, Aécio explicou que essa é uma manobra fundamental. Segundo ele, a separação dos temas vai facilitar uma votação mais objetiva.

“O que dificultava a votação da reforma política é você colocar uma conjunto de temas diversos e buscar construir uma maioria para o conjunto desses temas. E você nunca conseguiu. Porque, eventualmente, por exemplo, aqueles que apoiam o fim da coligação proporcional, mas não apoiam o voto distrital, ou o voto distrital misto, acabam construindo uma oposição à toda a reforma. Nós optamos por fatiá-la. Tem que ser por etapas, se nós juntarmos tudo como já foi feito no passado, vamos ficar com o pior dos mundos, que é o sistema atual. ”, disse.

No dia 9 de novembro, será votado em primeiro turno a proposta que acaba com as coligações proporcionais e estabelece a cláusula de barreira. O segundo turno está marcado para o dia 23.

“Isso por si só é quase que uma reforma política, porque, se aprovada, vamos ter uma redução em mais da metade do número de partidos políticos que estão aí hoje”, disse o senador.

Ele adiantou que o fim das coligações proporcionais pode garantir uma melhor representatividade partidária, compatível com a vontade da população.

“Não é lógico nós convivermos com mais de 30 partidos no Brasil hoje. Existem mais de 50 pedidos de criação de legendas na fila do TSE. Isso é algo inacreditável. Algumas legendas fizeram pequenos e bons negócios, porque se apropriam do fundo partidário, dividem entre si, e o tempo de televisão a que eles têm direito, eles vendem na véspera da eleição. [Com a reforma], para ter os benefícios, tempo de televisão e fundo partidário - que é o que estimula muita gente a criar partido - o partido precisará ter voto. Quem vai legitimar os partidos não é mais o TSE, é a população”, disse.

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