Mato Grosso, 29 de Março de 2024
Nacional / Internacional

Em debate, Janot diz que pretende intensificar combate à corrupção

03.08.2015
14:57
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

  • O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, participa de debate com outros candidatos ao comando do MP
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta segunda-feira (3), em um debate com candidatos ao cargo de chefe do Ministério Público, que pretende intensificar o combate à corrupção e que sua pretensão de permanecer no cargo não é movida por “ambição pessoal”. Janot é um dos quatro candidatos à lista tríplice da Procuradoria Geral da República que será entregue à presidente Dilma Rousseff.

“Minha derradeira gestão terá como uma das prioridades, o acolhimento. Com esse acolhimento e juntos, vamos intensificar o combate à corrupção”, destacou Janot no debate entre os postulantes ao cargo de procurador-geral da República.

O evento, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), faz parte do processo de escolha para definir quem assumirá o comando da PGR pelos próximos dois anos. Além de Janot, concorrem ao cargo os subprocuradores-gerais da República Carlos Frederico Santos, Mario Bonsaglia e Raquel Dodge.

Na próxima quarta (5), os cerca de 1,2 mil procuradores votarão em seu candidato de preferência. Os três mais votados comporão uma lista tríplice a ser apresentada à presidente Dilma Rousseff, que indica um nome, que precisará ser depois aprovado pelo Senado. Tradicionalmente, a Presidência escolhe o candidato mais votado na ANPR.

Em sua apresentação inicial, Janot afirmou que pretende permanecer no cargo para concluir o trabalho que iniciou. Também destacou que estará aberto para ouvir os colegas de Ministério Público.

“Eu estou determinado a oferecer serenidade, acolhimento, trabalho e diálogo. Todos verdadeiros, sem vender ilusões e alardear bravatas. […] A minha paz e a minha felicidade são fortalezas que se baseiam numa falta de ambição pessoal”, disse.

Somente num determinado momento, fez referência ao maior caso de corrupção sob investigação do Ministério Público, a Operação Lava Jato.

Ao responder uma pergunta sobre como conciliar a independência e a unidade funcional entre as várias instâncias do MP, Janot disse que apuração do caso é um exemplo de harmonia entre esses princípios.

“Respeitada a unidade do Ministério Público, seja de primeiro grau, seja de grau especial, ambas as unidades trabalham igualmente de forma profissional e autônoma, independente, mas comunicando-se ente si. Temos interdependência, mas respeitada a autonomia, temos demonstração clara que unidade pode nos levar a uma atuação de excelência”, disse.

Antes do debate, Janot não quis comentar os últimos desdobramentos da Lava Jato, especialmente sobre a prisão do ex-ministro petista José Dirceu na manhã desta segunda.

Críticas de opositor

Durante o debate, mais voltado para questões administrativas internas, o subprocurador Carlos Frederico foi o único a fazer críticas mais enfáticas ao atual comando do órgão.

“Você conhece o procurador-geral da República? Você sabe o que pensa o PGR? Ou você sabe o que pensam por ele? Me dá um norte do Ministério Público Federal? O que é lido é do procurador-geral da República ou é de terceiros?”, afirmou.

Em seguida, cobrou coerência de quem ocupa o cargo. “A gente tem que ter consciência e ver o que é liderança, o que é liderar. Líder não pode falar uma coisa e fazer outra. Porque ele é um exemplo. Líder tem que respeitar regras internas para cobrar fora da casa. O dever do líder é levar as pessoas a fazer o mesmo que ele faz”, disse. Janot não respondeu às críticas.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO