'Estamos fazendo grande esforço para controlar inflação', diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (31) que o governo está fazendo um "grande esforço" para controlar a inflação e para que o país volte a crescer.

Ela fez discurso durante entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro. Segundo o governo, foram entregues 2.932 casas, divididas em dois condomínios habitacionais.

Nesta semana o Banco Central elevou a taxa básica de juros para 14,25% ao ano, como uma tentativa de conter a inflação. Nos seis primeiros meses deste ano, a inflação somou 6,17% (muito próxima do teto da meta de 6,5% para todo ano) e, em doze meses até junho, totalizou 8,89% - a maior taxa desde dezembro de 2003, quando ficou em 9,30%.

"Quero dizer que estamos hoje, no Brasil, fazendo um grande esforço para o país voltar a crescer, para a gente controlar a inflação. Estamos numa travessia, daí a importância do Minha Casa, Minha Vida", disse a presidente.

A presidente disse ainda que o programa habitacional é prioridade do governo, porque, segundo ela, além de proporcionar moradia própria para a população, também "gira a roda da economia".

"Ficam dizendo que estamos passando por dificuldades econômicas e dizendo que o programa vai acabar. Não vai não. Primeiro, porque é importante para povo brasileiro, para quem não tinha oportunidade [...] Não vai acabar também por outro motivo. Além de a gente construir casa, a gente cria emprego [...] Aqui gira a roda da economia", afirmou.

Os dois residenciais entregues nesta sexta pela presidente foram chamados com os nomes de militantes da luta armada contra a ditadura militar, Carlos Marighella e Carlos Alberto Soares de Freitas. Os dois foram mortos pelo regime da época.

No discurso, Dilma disse que Marighella foi um "grande lutador" e que Carlos Alberto Soares foi "um amigo" e "um irmão" dela. Na juventude, a presidente também fez parte de grupos que lutavam contra a ditadura.

"Eu me sinto mais do que honrada, eu me sinto emocionada. Estar aqui toca lá no fundo do meu coração, porque me faz lembrar. A memoria traz para mim a lembrança de toda a minha juventude e também das lutas democráticas e de resistência do nosso país", afirmou Dilma.