A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de uma mulher de 44 anos, atropelada na tarde de sábado (19) durante uma prova de rally em Barretos (SP). De acordo com o boletim de ocorrência, um dos participantes da corrida perdeu o controle do veículo, atravessou uma pista de terra em direção a um canavial e atingiu a vítima, que fazia fotos do evento no local. A fotógrafa chegou a ser socorrida pelo médico da prova e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu e morreu antes de dar entrada na Santa Casa da cidade.
O comissário desportivo Fernando Leal, da Confederaçõ Brasileira de Automobilismo (CBA) - organizadora do evento - informou ao G1, por telefone, que a vítima trabalhava na cronometragem da prova e que no momento do acidente ela teria ultrapassado a área permitida para a circulação de pessoas para fotografar a competição. Em razão do ocorrido, a última prova do campeonato, prevista para acontecer no domingo (20), foi cancelada.
Segundo a polícia, o acidente aconteceu por volta das 16h30. Um dos pilotos, de 38 anos, completava o trecho final da prova em uma estrada de terra com um veículo modelo RDK Tiger. Ao passar por uma lombada, no entanto, estourou o pneu traseiro esquerdo do veículo e perdeu o controle da direção, invadindo um canavial. A mulher, que fotografava a prova no local, foi atingida pelo esportivo.
Com o impacto, a vítima teve inúmeros ferimentos, como afundamento da caixa torácica, sinais de fratura no crânio e fraturas graves nos dois braços. A mulher chegou a ser socorrida pelo Samu e pelo médico que acompanhava as provas, mas não resistiu e morreu ainda a caminho da Santa Casa de Barretos.
CBA
Por telefone, o comissário desportivo da CBA, Fernando Leal, informou ao G1 que a mulher estava trabalhando junto à organização do campeonato na cronometragem dos veículos, próximo à linha de chegada da prova. "Quando os carros paravam, ela teria que anotar o tempo em que eles cruzaram a linha de chegada", diz. No entanto, a vítima teria deixado o local para fotografar os veículos que participavam da competição. "Ela teria que estar uns 300 metros distante de onde ela estava. Mas ela foi para frente para tirar foto", afirma.
Segundo Leal - que estava presente no campeonato -, a mulher foi alertada diversas vezes a sair do local. "Ela não poderia estar naquele local. Como ela estava trabalhando pela organização, ela deveria ser a primeira pessoa a saber que não poderia estar ali. Fechamos essas estradas justamente para evitar que pessoas entrem. Mesmo com a orientação das pessoas, ela não saiu", relata.
Com o acidente, a prova foi interrompida nos 600 metros finais de percurso, e os resultados foram considerados até aquele ponto. Outra corrida, prevista para acontecer no domingo (20), foi cancelada pela organização.
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