Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Garotas foram a boate antes de serem mortas em chacina, diz polícia

10.03.2014
10:27
FONTE: G1

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A Polícia Civil ouviu, durante o final de semana, os depoimentos de cinco familiares e amigos das quatro jovens mortas em uma chacina no Morro do Mendanha, no Jardim Petrópolis, em Goiânia. Com os depoimentos, a Polícia Civil apurou que as jovens permaneceram em uma boate no Setor Vera Cruz, até por volta das 3h de sábado e as execuções aconteceram cerca de 30 minutos depois. As câmeras de segurança que ficam em frente à boate não funcionavam no dia do crime.

O crime aconteceu na madrugada de sábado (8), mas os corpos só foram localizados pela manhã, após uma testemunha acionar a Polícia Militar. Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram executadas juntas, uma ao lado da outra, cada uma com um tiro na cabeça.

A polícia trabalha com as hipóteses de que o crime tenha sido motivado por um desentendimento entre gangues ou crime passional. De acordo com o delegado Murilo Polati, titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), pessoas próximas a uma das vítimas relataram que ela devia dinheiro para um traficante. Outra estaria sofrendo ameaças de um ex-namorado.

O delegado apura também se a chacina teria relação com outro crime, que aconteceu em janeiro em uma boate no Setor Perim, quando quatro pessoas foram assassinadas e três adolescentes baleados. Segundo Polati, algumas das jovens mortas no Morro do Medanha tinham envolvimento com amigos das vítimas do crime na boate.

Os corpos das quatro jovens foram sepultados no domingo (9). Duas delas, as adolescentes de 15 e 16 anos, foram enterradas no Cemitério de Trindade, na Região Metropolitana. O corpo de uma das jovens de 19 anos foi em Araguaína (TO), onde ela nasceu. A outra vítima de 19 anos foi enterrada em Itapuranga, a 166 km de Goiânia.

Tráfico e prostituição

O delegado diz que denúncias apontam que as garotas podem ter vínculos com tráfico de drogas ou com prostituição. “Acreditamos que dentro dessas linhas de investigação, principalmente com relação ao envolvimento das vítimas relacionadas ao tráfico ilícito de entorpecentes e com pessoas que tinham envolvimento amoroso com elas e eram voltadas para atividades ilícitas de assalto, de tráfico. Temos a esperança de que nos próximos dias consigamos identificar os autores e representar pela prisão dos mesmos”, afirma Polati.

A polícia tem quatro suspeitos de serem autores do crime. “Tivemos a menção de uma caminhonete de cor clara. Conseguimos identificar que há outro veículo que já foi utilizado pelos supostos autores. Nós acreditamos que pelo menos quatro pessoas tenham participado desse crime violento”, diz.

Ao traçar o perfil das vítimas, a polícia identificou que uma das jovens exibia armas em fotos postadas em redes sociais. A mãe de uma das vítimas disse que a filha sempre gostou de festas e era usuária de drogas. "Que ela usou droga, usou muito tempo, isso aí é uma coisa que não nego para ninguém", afirma Cícera Martins, que nega ter ciência de um possível envolvimento da filha com prostituição.

A avó de outra vítima não acredita nas suspeitas da polícia. “Nunca foi envolvida com droga, e nem com prostituição. Era uma pessoa dedicada ao filho e à casa da mãe dela. Não tinha nada disso envolvido que estavam falando, negócio de droga e de prostituição. Não existe em hipótese alguma”, afirma Hélia Eterna da Costa.

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