Uma investigação feita pela Polícia Federal identificou fraudes na construção do Aeroporto Regional de Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação penal que está em andamento na Justiça e aponta superfaturamento de mais de R$ 2,9 milhões. Foi marcada para 7 de outubro uma audiência sobre o caso, conforme informou reportagem do RBS Notícias de quarta-feira (13).
Na ação, o MPF indicou superfaturamento de pelo menos R$ 2.911.341,76 na construção do Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. De acordo com a acusação, seis servidores públicos, todos engenheiros, cometeram irregularidades na fiscalização, elaboração de laudos e medições, permitindo gastos desnecessários acima do previsto.
Um dos réus já morreu, os outros cinco respondem ao processo, assim como quatro sócios de uma construtora de Minas Gerais, responsável pelos trabalhos. Segundo o MPF, eles obtiveram vantagens indevidas com as prorrogações contratuais. A ação foi assinada pelo procurador Elói Francisco Zatti Faccioni, do MPF de Tubarão. Por enquanto, ele prefere não dar mais detalhes sobre o processo e só deve se manifestar depois que a Justiça Federal decidir uma sentença.
A ação penal foi recebida pelo judiciário em dezembro do ano passado e está em andamento. No fim de junho, o juiz federal marcou a data de audiência para ouvir os acusados e as testemunhas. A sessão foi marcada para 7 de outubro na sede da Justiça Federal catarinense, em Florianópolis. Até agora, mais de R$ 60 milhões foram investidos no aeroporto, que ainda não opera voos comerciais.
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