Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Investimento privado é saída para as rodovias, diz CNT

27.05.2015
09:01
FONTE: Assessoria

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A participação da iniciativa privada nos investimentos de infraestrutura logística do país é indispensável para a redução do custo no transporte de grãos, apontou o estudo da Confederação Nacional de Transportes (CNT) ‘Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho’. Em Mato Grosso, principal produtor brasileiro das duas commodities, um exemplo de investimento privado é a concessão da BR-163, que prevê um aporte R$ 5,5 bilhões nas obras de transformação da rodovia em um trecho de 850 quilômetros compreendidos entre Sinop (MT) e a divisa com Mato Grosso do Sul. 

De acordo com o relatório publicado na última segunda-feira (25), o governo precisa ampliar os investimentos públicos e fomentar a participação de capital privado na construção e melhorias da infraestrutura logística do país para reduzir os custos de distribuição da produção e favorecer o crescimento da economia nacional.

Para o diretor-geral da Concessionária Rota do Oeste, Paulo Meira Lins, o 3º lote de concessões do Programa de Investimento em Logística (PIL) é um bom exemplo a ser seguido pelo governo. “O modelo adotado na concessão da BR-163 possibilitou uma tarifa de pedágio mais justa ao usuário e garantiu viabilidade financeira ao investidor”.
Para chegar a este formato, o governo federal contou com a colaboração de empresas interessadas nas concessões desde a elaboração dos estudos de viabilidade, adequando as propostas ao capital privado e às linhas de financiamentos compatíveis com a Taxa de Retorno do Investimento (TIR).

A participação da iniciativa privada nas rodovias de Mato Grosso poderá aumentar caso sejam concretizados os leilões da BR-163 entre Sinop e Miritituba (PA) e da BR-364 entre Rondonópolis (MT) e Goiânia (GO). Com isso, o custo para o escoamento da produção poderá reduzir ainda mais no Estado. 

Estudo realizado pela Fundação Dom Cabral apontou que trafegar em rodovias concedidas custa 18% menos do que trafegar em trechos públicos, isso considerando tempo de viagem, manutenção e valor do pedágio. 

De acordo com o levantamento da CNT, a concessão de rodovias é a solução mais adequada para melhorar as condições de tráfego, reduzir custos e aumentar a competitividade das commodities. 

Mas para atingir o resultado esperado, Paulo Lins destaca a importância do cumprimento das condicionantes pré-estabelecidas nos leilões e da adequação para os novos trechos. “Os projetos que serão apresentados para as novas concessões de rodovias, como para o trecho norte da BR-163, deverão ter o cronograma de investimentos relacionado ao volume de tráfego e às condições de financiamentos disponíveis no atual cenário econômico”.

Modelo federal
Nos próximos 30 anos, a Concessionária Rota do Oeste vai investir R$ 5,5 bilhões na BR-163 em Mato Grosso, o equivalente a 8,6% do total de total de previstos no PIL para rodovias. Nos primeiros cinco anos de concessão, R$ 2,6 bilhões serão destinados à duplicação, manutenção e conserva de 450 km e à implantação do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU) nos 855 km de rodovia concedida. 

Os investimentos em melhorias são viabilizados por meio do pedágio que, devido às linhas de financiamentos disponibilizadas pelo governo federal, teve um deságio de 52% sobre o teto da tarifa estabelecido no leilão. 

O início da arrecadação na BR-163 será autorizado a partir da entrega de 10% do trecho duplicado, do pleno funcionamento do SAU e da conclusão dos trabalhos iniciais. As duas últimas condicionantes já foram concretizadas pela Rota do Oeste, que trabalha na duplicação 45 km de rodovia para iniciar a arrecadação. A Odebrecht Infraestrutura, parceira da concessionária na execução dos trabalhos na rodovia, mantém duas frentes de obras na região sul do Estado e a previsão é que os 10% duplicados sejam entregues no segundo semestre de 2015.

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