Jayme critica decisão de Dilma e diz que veto ao projeto dos municípios é abuso de poder

Em pronunciamento, nesta terça-feira, o senador Jayme Campos (DEM-MT) criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff em vetar integralmente o Projeto de Lei Complementar nº 104, de 2014, que definia critérios para criação, emancipação e fusão de municípios. “O projeto é resultado de amplo entendimento mantido no âmbito das duas Casas do congresso, após exaustivos debates e intensas negociações”, defendeu.

 

Para Jayme Campos, o veto presidencial configura abuso de poder. “Aquilo que julgávamos ser fruto do entendimento, após tantos esforços empreendidos, demonstra-se agora inequívoco sinal de arbítrio, ante uma inesperada e desnecessária demonstração de força e abuso de poder”, afirmou.

A criação de novos municípios, segundo o parlamentar, reduzirá as desigualdades regionais. “Não tenho dúvida de que a proliferação criteriosa, política e economicamente responsável, de novos municípios certamente redunda na redução das desigualdades regionais; na maior presença do Poder Público junto ao cidadão; na geração e no crescimento de empregos; redunda, enfim, no bem estar social e no impulso progressista de que nossa Nação tanto precisa e merece”, enfatizou.

Em plenário, Jayme Campos lembrou sua experiência como governador de Mato Grosso quando criou 21 novas cidades. “Como governador, tive a primazia de criar 21 Municípios, que hoje são cidades prósperas, desenvolvidas. Algumas têm um IDH invejável em todo o Território nacional. Alguns servem como modelo”, destacou.

O senador conclamou o Congresso Nacional a resistirem ao que chamou de tentativa de desvalorização do Legislativo. “Conclamo o Senado e a Câmara a resistirem a mais esta tentativa de desvalorização e aviltamento do Legislativo. E o faço em nome da consciência e da dignidade. Faço-o, acima de tudo, em nome da responsabilidade que temos para com nossos eleitores”, afirmou.

Desabamento – Durante o pronunciamento, Jayme Campos criticou ainda o andamento das obras do governo federal. “Quando elas saem do papel, são de péssima qualidade”, criticou o mato-grossense, ao citar o desabamento do teto da nova ala do Aeroporto Marechal Rondon, orçada em R$ 83 milhões, ocorrido ontem após uma ventania.