Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
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Jucá diz que eventual governo Temer não terá aumento de impostos

26.04.2016
10:04
FONTE: G1

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  • Romero Jucá (PMDB-RR) concede entrevista ao programa 'Roda Viva'
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente em exercício do PMDB, afirmou na noite desta segunda-feira (25) que um eventual governo do vice-presidente da República, Michel Temer, não terá aumento de impostos. Ele também negou que Temer vá recriar a CPMF, "a curto prazo", e afirmou que é possível cortar programas de governo e também o número de ministérios.

Jucá concedeu entrevista ao participar do programa “Roda Viva”, da TV Cultura. A possibilidade de um governo de Temer se dá caso o Senado aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A Casa instala nesta terça-feira (26) a comissão especial do impeachment, com eleição de presidente e relator do colegiado.

"Aumento de impostos não é a receita para resolver o problema do Brasil. Tem que cortar gastos, tem que incentivar a economia. E, num momento como este, aumentar impostos não aumenta a arrecadação. [...] Você aumentar imposto de quem não pode pagar, você diminui a arrecadação. Porque o cara [que] pagava um pouco de imposto, no momento que aumenta, ele não pode pagar tudo. Ele deixa de pagar tudo. Se houve um governo Michel, tenha cereteza que a receita não será aumentar imposto", declarou Jucá.

“Eu descarto a CPMF a curto prazo porque o governo que assumir, se o presidente Michel assumir, não pode assumir aumentando impostos. Tem que entrar dando exemplo, primeiro fazendo cortes. O governo tem 800 programas. Será que todos programas de governo funcionam bem? Vai cortar Bolsa Família? Não vai cortar. Vai cortar Minha Casa, Minha Vida? Não. Agora, tem 800 programas [de governo]...", explicou.

"Tem 32 ministérios, será que precisa de 32 ministérios? Não sei se precisa. Tem países mais desenvolvidos que tem menos ministérios. Essa é uma decisão que o presidente Michel Temer tomará na hora certa, depois que for decidido que ele assumirá", completou.

Ao ser questionado sobre quais ministérios considera possível cortar, o senador, que negou ter sido convidado para ser ministro do Planejamento num eventual governo de Temer, afirmou que é possível, por exemplo, fundir ao Ministério do Transporte as secreterias da Aviação Civil e dos Portos.

Diálogo com o PT e com o PSDB

O senador também defendeu que um eventual novo governo discuta com outros partidos e com a oposição, incluindo o PT. "Nós não queremos tirar o PT da discussão. O PT vai ser oposição? Ótimo. Vamos deixar de conversa com o PT? Não, não vamos porque é imortante debater com oposição, é importante haver crítica, é um freio, é controle social. É importante que haja movimentos sociais, o que não pode é haver badernas", afirmou.

Jucá também confirmou que Temer e ele tenham se reunido com diversos partidos para dialogar sobre o que ele diz ser "futuro, perspectivas e entendimentos para se construir um programa". No entanto, segundo Jucá, não foi discutida a distribuição de cargos. De acordo com ele, alguns dos principais aspectos em discussão têm sido as reformas política, previdenciária e a questão trabalhista. "O cargo não é a questão central", disse.

O presidente em exercício do PMDB disse, ainda, que está acompanhando "com muito respeito" as discussões do PSDB sobre um posicionamento em relação a eventual governo de Temer.

"É fundamental que o PSDB esteja em duas situações: na construção da base política e na formulação de soluções. Se vai ocupar cargos ou não, é um direito que o PSDB tem de discutir, de se posicionar. Isso é uma discussão interna do PSDB. [...] Vamos aguardar com todo respeito que eles se decidam", afirmou.

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