Mato Grosso, 01 de Maio de 2024
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Justiça decreta prisão de casal suspeito de aliciar menores no AC

21.08.2014
11:28
FONTE: G1

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  • Casal foi preso pela polícia de Marechal Thaumaturgo
O microempresário Junot Gonçalves Bezerra, de 49 anos, e a sua namorada Maria Antônia Castelo da Silva, de 25 anos, tiveram prisão preventiva decretada nesta semana por um suposto envolvimento em práticas sexuais reproduzidas em filmes pornográficos com ao menos oito meninas menores de 14 anos no município de  Marechal Thaumaturgo, distante 559 km de Rio Branco.

A decisão foi tomada pela pela juíza da Vara da Infância e Juventude de Cruzeiro do Sul. De De acordo com a investigação da Polícia Civil, Junot, natural da Bahia, montou um comércio em Marechal Thaumaturgo e, com o apoio da namorada, Maria Antônia Castelo, de 25 anos, que conheceu no município, aliciava as adolescentes e as levava para dentro do estabelecimento comercial onde ocorria a exploração sexual.

O delegado Lindomar Ventura, responsável pela investigação, informou para a Justiça que o casal deveria permanecer preso devido à gravidade dos crimes considerados hediondos, pelo número de vítimas e, principalmente, pelo fato do comerciante não ter residência fixa na região. “Esse principal suspeito é um verdadeiro andarilho, ele disse que é da Bahia, mas percorre o Brasil inteiro, então a possibilidade de fuga é muito grande”, ressaltou.

Em sua decisão, a magistrada ressalta que a prisão cautelar se faz necessária, levando em conta a possibilidade de o casal cometer outros crimes. “Isso geraria intranquilidade no meio social, por restarem desprotegidas crianças e adolescentes socialmente vulneráveis, algo inadmissível por força do princípio da proteção integral, garantido pela Constituição da República”, descreve um trecho da decisão.

Conforme o delegado, de forma alternada, as menores eram levadas para participar de atos sexuais com o casal que registrava as imagens em fotos e vídeos. Dois aparelhos celulares e um tablet apreendidos no comércio dos suspeitos tiveram seus conteúdos deletados e foram enviados para a perícia. Segundo o delegado, parte dos arquivos foi recuperada e servirá de prova no processo. As investigações também apontam que as vítimas recebiam presentes para participar das orgias.

O advogado de Maria, Marcus Vinicius de Sá Lima,  disse ao G1 que sua cliente é tão vítima quanto as garotas. De acordo coma  defesa, a mulher nunca teve problemas com a Justiça e estava sendo coagida a participar dos atos sob pena de sofrer consequências com rituais de feitiçaria.

“Esse homem se diz pai de santo e falava que se Maria Antônia não fizesse o que ele queria, algo recairia sobre a minha cliente que vivia amedrontada. Ela se tornou uma prisioneira e até na delegacia teve medo de relatar o que de fato acontecia com medo de represália. Essa mulher está deprimida e sofrendo muito na prisão, completamente assustada com tudo isso”, justifica o advogado.

O casal segue no presídio Manoel Néri da Silva em Cruzeiro do Sul. De acordo com informações da Vara da Infância e Juventude o suspeito, Junot Gonçalves Bezerra, ainda não constituiu advogado para representá-lo no processo.

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