A Justiça do Paraná mandou soltar três pessoas que tinham sido presas durante a 13ª fase da Operação Lava Jato. Os primeiros a deixar a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, foram Ivan Vernon e Élia Santos da Hora. Élia é secretária do ex-deputado federal Luiz Argôlo, que continua preso.
Ivan Vernon trabalhava como assessor do ex-deputado federal Pedro Corrêa, do PP, que também continua preso.
Leon Vargas, irmão do ex-deputado André Vargas, deixou a prisão horas depois. O Ministério Público pediu a prorrogação da prisão dele, mas a Justiça negou.
Já no caso do publicitário Ricardo Hoffmann, o juiz Sérgio Moro decidiu mantê-lo preso. Hoffmann é suspeito de ter participado de um esquema de pagamento de propina em contratos de publicidade da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, que teriam beneficiado o ex-deputado André Vargas.
Segundo o Ministério Público, na casa do ex-deputado foi apreendida uma planilha que indica o pagamento de cerca de R$ 3,7 milhões a uma empresa de André e de Leon Vargas por parte de mais de duas centenas de empresas ligadas ao mercado publicitário.
Segundo o juiz, essa planilha indica que os crimes envolvendo contratos publicitários são, em princípio, de dimensão bem maior do que a cogitada inicialmente.
A força-tarefa da Lava Jato informou que vai investigar todos os contratos de publicidade do Governo Federal.
A defesa de Ricardo Hoffmann informa que não comenta as acusações e que vai analisar a decisão da Justiça para definir as próximas ações.
O advogado de Leon Vargas disse que a libertação do cliente demonstra bom senso e respeito à ordem jurídica, já que ele não é acusado formalmente de nenhum crime.
Já a advogada do ex-deputado André Vargas disse que só vai se manifestar na Justiça.
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