O partido de extrema-direita francês Frente Nacional afastou ontem (1º) o seu fundador e presidente honorário, Jean-Marie Le Pen, das celebrações do Dia do Trabalho, e a filha, Marine, teve o discurso interrompido por duas vezes.
Após ter dito publicamente que as câmaras de gás na Alemanha nazista eram "um detalhe" da história, Jean-Marie Le Pen, de 86 anos, foi afastado da tribuna instalada na Praça da Ópera de Paris, por decisão do partido, atualmente liderado pela filha, Marine.
Durante a marcha com os simpatizantes da extrema-direita, Marine Le Pen foi perguntada pela imprensa sobre o “rompimento” com o pai e respondeu que "isso não interessa a ninguém a não ser aos jornalistas". Jean-Marie, que esteve hospitalizado há pouco tempo e chegou ao local com notórias dificuldades de locomoção, disse que "cada um está no seu lugar".
A intervenção de Marine, que começou quando Le Pen já havia se retirado da concentração, foi boicotada por duas vezes por ativistas da organização feminista radical Femen.
A primeira vez foi quando Marine Le Pen se aproximou para colocar flores na estátua de Joana d'Arc, a quem o partido presta homenagem neste dia. Duas ativistas apareceram com o peito descoberto exibindo a frase "Le Pen TOP fascista".
Na segunda vez, três militantes, também com os seios de fora, silenciaram a líder da Frente Nacional ao fazer a saudação nazista, tendo sido afastadas do local por funcionários do partido, que retiraram também as bandeirolas com referências nazistas que as ativistas haviam levado.
No seu discurso, Marine Le Pen lançou uma severa crítica contra a imigração em massa, o islamismo, a União Europeia, o euro e os grandes partidos de França: o Partido Socialista, do atual presidente francês François Hollande, e a União por um Movimento Popular, do ex-presidente Nicolas Sarkozy.
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