Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Lindbergh Farias assume liderança do bloco da minoria no Senado

28.06.2016
16:44
FONTE: G1

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Parlamentares que fazem oposição no Senado ao presidente em exercício, Michel Temer, anunciaram nesta terça-feira (28) a formação de um bloco da minoria. O grupo de senadores oposicionistas da Casa será liderado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Segundo Lindbergh, além de tentar reverter o processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, o bloco “lutará” para barrar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior, principal bandeira econômica da equipe de Temer.

“Tem uma pauta agressiva de Temer, de retirada de direitos de trabalhadores. É a destruição do legado de Lula, de Ulysses Guimarães e até de Getúlio Vargas. Tem a PEC do teto dos gastos públicos, que nós chamamos de ‘PEC da doença e da ignorância’ pelo impacto que ela vai causar na Saúde e na Educação”, disse o novo líder do bloco.

Segundo Lindbergh, não é possível falar em quantidade de partidos que fazem parte do bloco, porque há divergências ideológicas e políticas dentro dos próprios partidos. No entanto, segundo o petista, 22 senadores – que votaram contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff – estão alinhados às propostas do bloco.

“A liderança da minoria é formada por senadores da oposição. Não é a forma tradicional de bloco partidário. Tem uma forma diferente”, explicou o senador do Rio de Janeiro.

“De partidos fechados com o bloco, temos PT, PC do B e Rede. Temos parte do PDT, o senador Telmário Mota (PDT-RR), e dissidentes de outros blocos, como Roberto Requião (PMDB-PR) e Kátia Abreu (PMDB-MT)”, complementou Lindbergh.

Um bloco político é um grupo de senadores que defendem os mesmos posicionamentos com relação a votações de projetos importantes. A união desses senadores dá mais força ao grupo para conseguir aprovar projetos de seu interesse ou para barrar projetos aos quais são contrários.

Sobre o julgamento final do impeachment, o líder do novo bloco disse que, atualmente, o grupo não possui votos para barrar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. O petista disse, no entanto, que os senadores do bloco não vão “jogar a toalha” e disse que o governo Temer é inseguro.

“A votação vai ser final de agosto, então nós temos aí dois meses, e muita coisa pode acontecer nestes dois meses. Então quem tá contando com esses votos, veja bem, tem o fator de instabilidade da Lava Jato. Uma delação de Cunha pode acabar com o governo Temer. Há uma insegurança no governo do Temer. Hoje nós não temos os votos necessários, mas daqui para o final de agosto nós podemos ter os votos necessários. Nós não vamos jogar a toalha. Nós podemos reverter isso”.

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