A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (16), os três suspeitos de subtrair a bebê de dois meses Ana Beatriz Lima da Costa há um mês, em Porto Velho. Uma mulher de 49 anos, o filho de 25 e a companheira do rapaz, também de 25 anos, estão presos e vão responder pelos crimes de tentativa de homicídio e subtração de menor. A menina foi roubada quando era levada para vacinação em um posto de saúde pela mãe, Maria Auxiliadora, que foi agredida na cabeça com golpes de marreta. O crime aconteceu no último dia 14 de novembro.
Os suspeitos foram encontrados no bairro Jardim Santana, Zona Leste da capital. Ao ser questionada, a mulher detida alegou que estava grávida e perdeu o bebê, por isso decidiu pegar a criança para criar como se fosse sua filha.
Ana Beatriz está saudável, sem sinais de maus-tratos. "Peço perdão à mãe da criança. Se arrependimento matasse, eu não estaria mais aqui", disse a suspeita.
De acordo com a delegada adjunta da Delegacia de Patrimônio, Ingrid Brandão, uma denúncia anônima na segunda-feira (15) levou a polícia a desvendar o caso. Um agente do 1º DP recebeu fotos da criança e a mãe reconheceu a filha. "Todas as denúncias anônimas que foram passadas pela população nos ajudaram a concluir com êxito as investigações. Agradecemos a todos que colaboraram", contou a delegada.
Reecontro
Maria Auxiliadora está muito feliz, com a filha nos braços. Já amamentou Ana Beatriz e agradeceu o trabalho da polícia. "Eu sempre disse que confiava no trabalho da polícia. Deus a devolveu pra mim. Ela já mamou no peito, está linda e bem cuidada", afirmou, aliviada, Maria Auxiliadora.
De acordo com o diretor geral da Polícia Civil, Pedro Mancebo, ver a mãe amamentando a filha após a finalização desse caso é um presente de Natal para a corporação. Roupas e utensílios utilizados pela mulher que roubou a criança foram apreendidos na residência e serão doados.
Entenda o caso
Ana Beatriz foi subtraída pelos suspeitos quando era levada pela mãe para vacinação, em 14 de novembro deste ano. Ao cometer o crime, os suspeitos utilizaram uma marreta para golpear a cabeça de Maria Auxiliadora, que ficou internada por dois dias no Hospital João Paulo II. A mãe relatou que caminhava pela rua Barão Amazonas, quando foi abordada por duas mulheres e um homem, que estavam em um carro branco com vidros fumês e ofereceram carona. Maria Auxiliadora diz que recusou a oferta, mas uma das suspeitas insistiu e ordenou que ela entrasse no carro com a criança no colo.
O veículo seguiu em direção ao bairro Renascer, na Zona Leste da capital. Os suspeitos pararam o carro em um matagal informando que havia um problema com o motor e disseram que iriam matá-la. "Ele [o homem] estava com uma marreta e me mandou colocar minha filha no banco. Quando abaixei, ele começou a bater na minha cabeça e nuca, tentei me defender e escutava uma das mulheres dizendo 'mata rápido', então eu consegui empurrar com meus pés, ele caiu e eu saí correndo", relatou a mãe após o roubo.
Uma semana depois, a Polícia Civil divulgou um retrato falado dos suspeitos.
ENVIE PARA UM AMIGO
