Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Marcos Queiroz participa de entrevista na Rádio Amazonas FM

23.07.2014
16:21
FONTE: G1

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O candidato ao Senado Marcos Queiroz (PSOL) participou de entrevista na Rádio Amazonas FM, na manhã desta quarta-feira (23). O político foi o segundo a conceder entrevista na série que a emissora realiza até o dia 1º de agosto. Queiroz falou de ações e metas, e respondeu a perguntas de jornalistas. A ordem foi definida por meio de sorteio. O próximo candidato a ser entrevistado será Júlio Ferraz (PSTU), na sexta-feira (25).

Marcos Queiroz iniciou a entrevista agradecendo a oportunidade de expor as ações que pretende defender à frente do Senado Federal caso seja eleito nas eleições de 5 de outubro deste ano. Ele afirma que irá trabalhar para aumentar, de forma efetiva, a participação do povo.

Sobre o tema Educação, o candidato falou que o ensino no Amazonas está com índices inferiores aos divulgados. Ele afirmou ainda que há necessidade de investimentos e boa vontade política. Queiroz também defendeu a destinação de 10% do PIB para educação. "O gargalo da educação pública é o investimento. O estado tem uma geografia imensa. Porém, há tecnologia, há recursos suficientes para que a educação chegue ao lugar mais distante do Amazonas. Atrair professores hoje para educação é desafio. Isso passa pela questão de salário. Atrair pessoas jovens, boas cabeças, está difícil porque não há política pública no país e no estado que tenha compromisso com a educação, e esse debate se faz no Senado", disse.

Questionado sobre as recentes manifestações realizadas no país e sobre o possíveis envolvimentos de pessoas ligados ao PSOL em atos de vandalismo durante esses movimentos, o candidato afirmou que repudia qualquer tipo violência. Ele afirmou ainda que o partido tem ido às ruas de forma pacífica.

Ele respondeu ainda a questionamento sobre o Fundo de Participação dos Municípios brasileiros. Marcos Queiroz afirma que os "municpioios estão estrangulados". "A União detém uma parcela muito grande desse fundo, então tem que repassar mais o percentual desse fundo de forma mais responsável e mais fiscalizada. É desse fundo que boa parte das cidades vivem e estão sobrevivendo até hoje", afirmou.

Em relação à saúde pública, o candidato defendeu uma reforma no estado. "A saúde pública no estado e no Brasil está precária, isso é fato. No estado do Amazonas, as pessoas que conduzem a saúde são basicamente as mesmas há 20 anos. Nós temos que garantir que os postos de saúde, SPAs, as fundações de saúde tenham os seus chefes escolhidos por eleição direta. Democracia é a ferramenta para gestão pública. É preciso criar ferramentas de democracia na saúde pública. Temos um desafio profundo na saúde que é mudar a mentalidade. Temos que ter medicina preventiva, curativa. É essa a medicina que funciona", destacou.

Ele afirmou ainda que a questão de saneamento básico é ponto fundamental para a saúde. "Na gestão do atual prefeito em 89, ele fez algum trabalho. De lá para cá ninguém quer fazer saneamento básico porque ninguém vê os canos depois que se cobre, querem fazer obras monumentais que dá visibilidade. Saneamento básico é o ponto de partida para a saúde pública".

O candidato questionou a conclusão da rodovia federal BR-319 e declarou que o melhor para a região seria o transporte por hidrovia ou ferrovia. "O PSOL não é contra a BR. Se tivéssemos que optar pela BR, colocaria milhões e milhões que foi aplicado em uma hidrovia e na ferrovia nós precisamos pedir uma investigação é preciso saber onde foi parar todo o dinheiro dessa BR. Tem q terminar a BR sim, observando impactos ambientais. Não pode se terminar essa BR como começou - a toque de caixa", afirmou.

Foram abordados os temas infraestrutura e segurança pública, agropecuária e meio ambiente, além de cultura e desenvolvimento econômico, habitação e turismo.

Em relação à segurança no estado, o candidato falou da falta de oportunidade de emprego como uma das causas da criminalidade. Ele também citou a necessidade de se reforçar a fiscalização nas fronteiras do estado para evitar que drogas entrem no país. "A fronteira é a porta. As nossas fronteiras estão abandonadas. O desafio do governo federal é ocupar fronteira com atividade econômica e políticas públicas", disse. Ainda sobre o envolvimentos de menores de idade em crimes, o candidato afirmou ser contra a maioridade penal.

A respeito da relação meio ambiente e agropecuária, o candidato afirmou que o desafio é desenvolver com responsabilidade. Outro caminho para a questão agropecuária, segundo ele, é o trabalho combinado. "Quem produz não leva um centavo e isso tem que mudar. O interior está esquecido".

Sobre a questão da cheia que afeta todos os anos o Amazonas, ele disse que é possível fazer ação preventiva. "Há engenharia para fazer um processo de drenagem, mapear as regiões que tão alagando, deslocar o plantio na época certa", declarou.

Questionado sobre turismo, Marcos Queiroz apontou que o acesso à Amazônia é um dos gargalos. Ele afirma que é possível discutir no senado um projeto que gere debate sobre de lei de subsídio de passagens com preços acessíveis. "É preciso fazer chegar aqui", disse. Além disso, Queiroz defendeu ainda a criação de um parque temático.

Em relação à cultura, o candidato afirmou que o assunto tem que ser tratado de forma democrática. "A cultura não pode ser apenas a clássica, tem que ter cultura popular. Enquanto senador, vamos criar emendas, aportes financeiros para a cultura popular, para a cultura da periferia como o hip-hop, cultura de raiz", destacou. Sobre a produção cultural no Amazonas, Queiroz disse que pretende promover discussões sobre a destinação de recursos.

Para o candidato, é necessário ainda criar alternativas para promover a economia no estado, além do modelo Zona Franca de Manaus. O candidato afirmou ainda que é preciso discutir a essência do modelo ZFM. "Temos que discutir a qualidade do emprego, o que está ficando aqui", afirmou.

Ele falou também sobre a construção de portos. "Vamos lutar para discutir a construção do porto. Não só pela questão do porto, mas um entreposto. Sobre a questão do peixe no Amazonas. Você tem um terminal pesqueiro que é uma novela. Virou uma balsa. Isso mostrar como o dinheiro público é tratado como descaso nesse estado".

Questionado sobre habitação, Queiroz criticou os programas de habitação existentes. Ele defendeu o regime de cooperativa para a construção de casas populares. "O regime de cooperativismo é um regime que serve em vários países. Se constitui as cooperativas pelas pessoas que querem morar nessas casas, com base na lei. Uma cooperativa constituída se faz um aporte financeiro. A forma de hoje é que um grupo de construtora detém o monopólio das casas. É possível, dá certo", explicou.

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