A ex-ministra Marina Silva afirmou nesta quinta-feira (8) que a Rede Sustentabilidade, partido que ela fundou, não terá "dois pesos e duas medidas" em relação às situações da presidente Dilma Rousseff e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Marina participou, no prédio do Legislativo, do ato de lançamento da bancada da Rede Sustentabilidade na Câmara e no Senado. Em setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu registro para o partido partido idealizado por Marina.
"A Rede tem a clareza de que esse não é momento para que a gente fique muito mais preocupado com frase de efeito [...], mas de olhar com todo senso de responsabilidade cada uma das denúncias. Nós não vamos ter dois pesos, duas medidas. Este é o momento que a sociedade brasileira quer ver um peso, uma medida", disse Marina.
Questionada por repórteres sobre o posicionamento do novo partido em relação a um eventual processo de impeachment de Dilma e sobre a situação do presidente da Câmara – acusado de ter recebido propina do esquema de corrupção que atuava na Petrobras –, Marina respondeu que seu partido analisará as denúncia "com todo o rigor".
"Temos uma situação inédita: a presidente da República tendo suas contas não aprovadas, a abertura de um processo no TSE quanto a denúncias de irregularidade da sua campanha e os dois presidentes, das duas casas [Câmara e Senado], igualmente sendo denunciados por envolvimento na Lava Jato", destacou.
Indagada sobre a rejeição das contas da presidente no TCU, a ex-senadora ponderou que caberá ao Congresso Nacional dar a palavra final.
"O julgamento pelo TCU é inédito na história da República e agora caberá ao Congresso fazer análise das questões que são levantadas pelo tribunal de contas, e obviamente que o Congresso é que vai se pronunciar", enfatizou.
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