Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Nacional / Internacional

Médico diz que recebeu R$ 1 milhão por engano do Ministério da Saúde

16.12.2014
02:01
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

Um médico de Salvador, proprietário de uma clínica que presta serviço ao SUS, recebeu por engano na conta bancária da unidade de sáude um depósito de quase R$ 1 milhão, feito pelo Ministério da Saúde. Roberto Jacobino, dono da clínica Lithocenter Hospital Dia, localizada no bairro da Graça, conta que o depósito foi feito em 11 de novembro, mas desconfiou do valor repassado que, segundo ele, está bem acima da quantia de R$ 50 mil que costuma receber do SUS.

“Temos que ser honestos. Se o dinheiro não é meu, tenho que devolver", afirmou Roberto. O médico conta que, ao perceber o erro, foi até uma agência da Caixa Econômica Federal e procurou a gerente da unidade, que se surpreendeu com a quantia, mas confirmou que o depósito de R$ 999 mil foi feito pelo Ministério da Saúde. O problema ficou ainda mais complicado quando, 17 dias após o depósito, o valor foi estornado da conta da clínica, e o médico não sabe onde o dinheiro foi parar.

"Foi feito um estorno da conta da empresa 17 dias depois que o dinheiro foi depositado. Mas eles não poderiam ter tirado o dinheiro da minha conta após o prazo de 24 horas, porque só com autorização do titular é que o valor pode ser estornado. Agora, estamos aguardando para saber qual o promotor que vai direcionar o processo. Quero saber onde foi parar o dinheiro", afirma.

Roberto revelou que na última quinta-feira (11), ele recebeu uma correspondência do Ministério da Saúde. "Dizia que o dinheiro foi colocado indevidamente na conta e que eles autorizaram a Caixa a retirar o valor da minha conta", afirma. Entretanto, o médico questiona o fato do Ministério ter autonomia para fazer uma movimentação em contas bancárias de terceiros. "Eles não podem fazer isso porque eu sou o responsável pela minha conta", diz.

O Ministério Público Federal informou nesta segunda-feira (15), por meio da assessoria de comunicação, que o processo ainda está sob análise do procurador Fábio Loula, que tem um prazo de até 30 dias para ingressar com uma ação na Justiça ou optar pelo arquivamento do caso.

O G1 também entrou em contato com o Ministério da Saúde, que informou que os depósitos são de responsabilidade da Caixa Econômica Federal. A Caixa, por sua vez, afirmou em nota que informações sobre movimentações financeiras são protegidas legalmente por sigilo bancário.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO